Venda do Credit Suisse provoca forte agitação nos mercados em todo o mundo

Venda do Credit Suisse provoca forte agitação nos mercados em todo o mundo
Reuters
| Economia
Porto Canal/Agências

As principais bolsas europeias abriram esta segunda-feira em baixa, após a aquisição do Credit Suisse pelo UBS, que não apaga os receios sobre o setor bancário. O banco abriu esta manhã as negociações a desvalorizar mais de 60% e, praticamente, todas as praças europeias abriram em terreno negativo.

As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt desciam 1,60%, 0,94% e 1,81%, bem como as de Madrid e Milão, que se desvalorizavam 2,27% e 2,48%, respetivamente.

Depois de abrir a descer, a Bolsa de Lisboa mantinha a tendência e às 08h40 o principal índice, o PSI, baixava 1,50% para 5.638,18 pontos.

As ações do banco UBS caíram 8,77% na abertura da Bolsa de Valores de Zurique depois de um negócio de compra do Credit Suisse, o seu rival tradicional que estava em risco de falência devido a uma crise de confiança irremediável.

O Governo suíço ofereceu garantias substanciais para que o negócio prosseguisse - utilizando certos instrumentos de emergência - com o argumento de que o colapso do Credit Suisse poderia gerar uma crise financeira não só a nível interno mas global.

O UBS concordou em comprar o Credit Suisse por 3.000 milhões de euros, um preço que pagará apenas em ações e que avalia as ações da entidade absorvida em 40% do seu valor no fecho do último dia de negociação.

Esta segunda-feira, um dia de queda generalizada na Europa, o mercado analisará a compra do Credit Suisse pelo UBS e a ação coordenada dos principais bancos centrais para fornecer liquidez ao sistema.

O dia começou com o Brent, o petróleo bruto de referência na Europa, a cair acentuadamente, 2,69%, para 71,06 dólares, enquanto os futuros nos principais indicadores de Wall Street antecipam perdas de mais de 1% esta segunda-feira, numa altura em que se aguarda a reunião da Reserva Federal (Fed) na próxima quarta-feira.

+ notícias: Economia

Bruxelas elogia cortes "permanentes de despesa" anunciados pelo Governo

A Comissão Europeia saudou hoje o facto de as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro se basearem em "reduções permanentes de despesa" e destacou a importância de existir um "forte compromisso" do Governo na concretização do programa de ajustamento.

Bruxelas promete trabalhar "intensamente" para conluir 7.ª avaliação

Bruxelas, 06 mai (Lusa) -- A Comissão Europeia está empenhada em trabalhar "intensamente" para terminar a sétima avaliação à aplicação do programa de resgate português antes das reuniões do Eurogrupo e do Ecofin da próxima semana, mas não se compromete com uma data.

Euribor sobe a três meses e mantém-se no prazo de seis meses

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- A Euribor subiu hoje a três meses, manteve-se inalterada a seis meses e desceu a nove e 12 meses, face aos valores fixados na sexta-feira.