FC Porto. Crónica do jogo: Respostas na ponta da bota
Porto Canal
O futebol é feito de constantes recomeços e só os melhores conseguem manter o talento e a atitude intactos quando há momentos de infelicidade e de injustiça no jogo. Frente ao Estoril, o FC Porto demorou menos de cinco minutos a responder a ambos os golos sofridos e garantiu mais três pontos (3-2) importantes (são já 57) no campeonato nacional.
Sérgio Conceição mudou duas peças no onze em relação à vitória em Chaves, fez entrar Fábio Cardoso e João Mário, mas o ímpeto portista no arranque da partida não fugiu ao que é o costume. Com os Dragões a rodear a baliza do Estoril nos instantes inaugurais, foi de Marko Grujic o primeiro remate. Uma bomba que saiu ao lado, mas que parecia levar uma nota de aviso para o que se seguiria pouco depois.
Ainda antes do cronómetro marcar a dezena de minutos, na sequência de um canto batido à direita por André Franco, Toni Martínez desviou ao primeiro poste e o médio sérvio, referência habitual nas bolas paradas, apareceu ao segundo poste a cabecear de forma certeira para o fundo das redes adversárias (9m).
Numa partida que vinha sendo de sentido único e azul e branco, o Estoril conseguiu chegar ao empate no primeiro remate que fez no Estádio do Dragão. Após uma tentativa bloqueada de Tiago Gouveia e uma sucessão de ressaltos à entrada da área portista, a bola sobrou de novo para o jogador estorilista, que estabeleceu um empate que duraria muito pouco tempo (26m).
Nem cinco minutos passaram e os adeptos voltaram a celebrar nova vantagem dos Dragões. Zaidu, projetado à esquerda, cruzou, Toni Martínez tocou para Namaso e o remate do 19 só foi travado pelo guarda-redes, que defendeu para o poste. Mais astuto do que os defesas oponentes foi André Franco que se antecipou e encostou para a baliza de Dani Figueira. Até ao intervalo, Gustavo Correia, que até tinha mostrado um amarelo a Grujic pela primeira falta do jogo, não admoestou o já amarelado Cassiano após um pisão no tendão de Aquiles de Eustaquio.
Matheus Uribe foi a novidade no regresso para a etapa complementar, que teve como destaque pela negativa a saída de João Mário por lesão (55m). Aos 65 minutos, e novamente num lance isolado, Gustavo Correia assinalou grande penalidade para o Estoril por mão de Pepe e Francisco Geraldes empatou a partida (2-2).
Mais uma vez, o empate foi de escassa duração e o FC Porto devolveu justiça ao marcador. Mexer derrubou o recém-entrado Taremi, que havia sido desmarcado pelo também regressado aos relvados Galeno, dentro da área e o árbitro assinalou grande penalidade. Da marca dos onze metros, o iraniano não perdoou e o Dragão festejou o 3-2 (70m). Assim se escreveu a história de 90 minutos em que a resposta esteve, de facto, na ponta da bota dos azuis e brancos.