Portuenses criticam substituição de paragens de autocarro em tempo de chuva
Porto Canal
A substituição das paragens de autocarro entre as zonas da Areosa e do IPO, na cidade do Porto, está a gerar uma onda de críticas. A população diz não compreender o timing dos trabalhos, que acontecem numa semana de chuva intensa.
Em frente ao Hospital de São João e sem local onde se abrigarem enquanto esperam pelo autocarro vários utilizadores da STCP comentam o processo de substituição das paragens. “Estão a fazer isto nesta altura do inverno… a tirar uma coisa que servia perfeitamente para esta quadra”, afirma um passageiro ao Porto Canal.
“Isto não tem condições nenhumas, não tem paragens, estamos aqui todos à chuva”, lamenta outra utilizadora. “É uma péssima altura”, “é muito desagradável”, afirmam ainda outros passageiros.
Um pouco mais à frente há, no entanto, portuenses um pouco mais otimistas. “Oxalá que resolvam isto o mais depressa possível porque as paragens sempre resguardam um bocado o frio e da chuva”.
Contactada pelo Porto Canal, a Câmara Municipal do Porto explica que “os novos abrigos vão garantir melhorias significativas ao nível do serviço prestado”. Segundo a autarquia, as novas paragens ganham “em qualidade, ao nível do conforto e ao nível dos acessos às próprias paragens”.
Além disso, o município liderado pelo independente Rui Moreira afirma que o processo de substituição em curso vai “aumentar a quantidade de abrigos existentes na cidade”. Isto porque, quando foi assinado o contrato de concessão de mobiliário urbano da autarquia, em março de 2022, “estavam instalados 569 abrigos” e “no âmbito da nova concessão estão a ser instalados 650”, ou seja, existe “um incremento de perto de 100 novos abrigos nas paragens”.
Quanto ao processo de substituição, a autarquia explica que do total de abrigos, há 350 “cuja instalação se faz em simultâneo com a remoção do abrigo existente”, num processo que decorrerá até março de 2023.
Em comunicado enviado ao Porto Canal, a Câmara diz ainda que “a substituição dos abrigos não tem qualquer custo para o município”, uma vez que “a instalação dos novos abrigos e dos novos suportes publicitários está a ser executada pelos concessionários.
De recordar que esta não é a primeira polémica a envolver as paragens de autocarro da cidade invicta. Quando começaram a ser instaladas surgiram também várias críticas dos passageiros, que não gostaram do facto da infraestrutura não ser virada para a estrada e de, em muitos, casos, ter um encosto e não um banco.
Ver esta publicação no Instagram