CEO da TAP divulga razão da saída de Alexandra Reis. “Havia uma divergência sobre a execução do plano”
Porto Canal
A presidente executiva da TAP está esta quarta-feira no Parlamento a dar as primeiras explicações públicas sobre a indemnização paga a Alexandra Reis. Christine Ourmières-Widener começou por fazer um balanço do plano de reestruturação, referindo que a “TAP teve das melhores receitas em 2022”, apesar de correr o risco de acabar em 2021 como outras empresas.
A Presidente Executiva da companhia aérea portuguesa lembrou que “em 2022 concretizamos importantes avanços”, desde a melhoria da “experiência de voo” como o investimento e modernização a nível digital. “Tem sido um caminho difícil com vários obstáculos”, principalmente os momentos relativos ao ataque informático, a greve dos tripulantes em dezembro e a mudança do sistema aéreo europeu.
Um ano após a aprovação do plano de reestruturação da TAP, a CEO da companhia de bandeira fez questão de salientar que ainda estão a percorrer esse caminho, mas esse trajeto percorrido e os resultados dão confiança para “continuar em 2023”.
A CEO lamenta o facto de a resposta da companhia ainda não ser como previam, no entanto, “2023 é um ano crucial para a TAP”. Existe a concretização de um plano e, para isso, a “TAP precisa de estabilidade” para a concretização desse plano.
André Ventura foi o primeiro a questionar a CEO da TAP. O líder do Chega atacou intervenção da Presidente Executiva da TAP por fugir ao foco principal desta audição, a indemnização de Alexandra Reis.
Christine Ourmières-Widener começou por esclarecer a razão da saída de Alexandra Reis. “Havia uma divergência sobre a execução do plano (de reestruturação). Foi a única razão da saída de Alexandra Reis”, explicou a Presidente Executiva da TAP.
Recorde-se que Alexandra Reis recebeu uma indemnização da TAP de cerca de 500 mil euros, por cessação antecipada do cargo de administradora executiva. Alexandra Reis, secretária de Estado do Tesouro, demitiu-se 25 dias depois de tomar posse e após quatro dias de polémica por causa da indemnização de meio milhão de euros paga pela TAP para deixar administração da empresa