São bilhões e querem liberdade. China em estado de sítio

| Mundo
Porto Canal

Os protestos na China contra a política Covid Zero intensificam-se e estão a alastrar-se aos chineses espalhados pelo mundo. As manifestações estão agora a alastrar-se contra Xi Jinping o que leva as autoridades a aumentar a força para tentar ‘conter’ a força do povo. Há relatos de dois jornalistas de estações ocidentais detidos por estarem a relatar o que se passa no local.

"Esperamos acabar com o bloqueio. Queremos viver uma vida normal. Devemos todos expressar corajosamente nossos sentimentos.”, disse Shi à agência Reuters, habitante de Pequim numa das vigílias deste domingo.

 Depois da intensidade e do escalar dos protestos, as autoridades de Xangai ergueram barreiras numa área de Xangai onde centenas de pessoas protestaram no fim de semana contra medidas contra a Covid-19.

Numa rara demonstração de desobediência civil os protestantes têm demonstrado o descontentamento contra o líder Xi Jinping.

Porto Canal

 

Nesta segunda-feira, a imprensa internacional diz que as autoridades chinesas abordam todos aqueles que, nos locais considerados de possível protesto, estejam com o telemóvel na mão a tentar captar imagens, ou dos bloqueios nas ruas ou de ajuntamentos.

Detenções de jornalistas

Dois jornalistas, um da BBC e outro da Reuters foram detidos por estarem a relatar os acontecimentos dos protestos na China. A BBC emitiu mesmo um comunicado onde refere que Ed Lawrence, jornalista daquela estação, foi detido várias horas onde foi também mal tratado. As autoridades chinesas também emitiram um comunicado onde salientam que apenas retiraram o jornalista do meio da confusão “para o proteger da Covid-19”.

Já a agência Reuters refere também que um jornalista da agência noticiosa foi detido durante 90 minutos no passado domingo, durante as horas de maior tensão entre os protestantes e as autoridades.

A origem dos protestos

Tudo começou em Wuhan, em 2019 com o aparecimento do vírus Covid-19. Agora, mais de dois anos depois, as restrições na China mantêm-se, o que levou a um desastre em Urumqi, na região chinesa de Xinjiang, a 24 de novembro.

Em Urumqi, pelo menos 10 pessoas morreram, e outras nove sofreram ferimentos, na sequência de um incêndio de grandes dimensões num prédio residencial que teria as portas trancadas por fora, ao que tudo indica, devido às restrições impostas pelo governo local face ao Covid-19. As autoridades negam ter trancado as portas, mas os relatos da população intensificam-se nas redes sociais.
As folhas de papel branco

As manifestações chinesas estão a ser marcadas pela demonstração de folhas brancas, uma forma de protesto simbólico onde a população afirma que não precisa de “escrever nada”.

Protesto de bilhões dentro e fora da China

Os protestos Zero Covid decorrem em várias cidades da China, tal como na capital Pequim, mas há relatos em todo mundo. A comunidade chinesa saiu à rua em Londres, Paris, Amesterdão, Dublin, Toronto e em vários locais dos Estados Unidos.

 

 

 

+ notícias: Mundo

Ex-membro da máfia de Nova Iorque escreve livro dirigido a empresários

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- Louis Ferrante, ex-membro do clã Gambino de Nova Iorque, disse à Lusa que o sistema bancário é violento e que escreveu um livro para "aconselhar" os empresários a "aprenderem com a máfia" a fazerem negócios mais eficazes.

Secretário-geral das Nações Unidas visita Moçambique de 20 a 22 de maio

Maputo, 06 mai (Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, vai visitar Moçambique de 20 a 22 de maio, a primeira ao país desde que assumiu o cargo, em 2007, anunciou o representante do PNUD em Moçambique, Matthias Naab.

Síria: Irão desmente presença de armas iranianas em locais visados por Israel

Teerão, 06 mai (Lusa) - Um general iraniano desmentiu hoje a presença de armas iranianas nos locais visados por Israel na Síria, e o ministro da Defesa ameaçou Israel com "acontecimentos graves", sem precisar quais, noticiou o "site" dos Guardas da Revolução.