Países Baixos investigam possível existência de "esquadras ilegais" chinesas

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Porto Canal / Agências

As autoridades dos Países Baixos estão a investigar informações de que a China terá criado duas esquadras de polícia ilegais no país para controlar dissidentes, anunciou hoje o Governo neerlandês.

Num relatório divulgado em setembro, a organização não-governamental (ONG) Safeguard Defenders acusou Pequim de manter meia centena de "centros de serviço policial" em vários países, que terão persuadido 230.000 alegados fugitivos a regressar à China entre abril de 2021 e julho de 2022.

Duas dessas "esquadras ilegais" funcionarão em Amesterdão e em Roterdão, segundo a ONG, que também identificou três estruturas idênticas em Portugal.

"Os ministros da Justiça e Segurança e dos Negócios Estrangeiros tomaram nota do relatório da Safeguard Defenders e levam o conteúdo a sério", disse o porta-voz da diplomacia de Haia, Maxime Hovenkamp, à agência noticiosa francesa AFP.

"O Ministério dos Negócios Estrangeiros está atualmente a investigar as atividades dos chamados centros de polícia. Quando tivermos mais clareza sobre isto, serão tomadas as medidas apropriadas", acrescentou.

De acordo com notícias dos média neerlandeses, as duas alegadas "esquadras chinesas" afirmam oferecer assistência diplomática a cidadãos da China, mas não foram registadas no Governo dos Países Baixos.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês disse que os relatórios da ONG com sede em Madrid eram "completamente falsos" e que as estruturas em causa se destinavam a ajudar os cidadãos chineses a renovar documentos, como as cartas de condução.

O relatório da Safeguard Defenders foi divulgado em Portugal pelo líder da Iniciativa Liberal (IL), João Cotrim Figueiredo, no final de setembro, durante um debate na Assembleia da República.

Na altura, Cotrim Figueiredo questionou o primeiro-ministro se sabia da existência de tais estruturas da polícia chinesa em Portugal, tendo António Costa respondido que desconhecia e sugerido ao líder da IL que informasse a Procuradoria-Geral da República (PGR).

A Lusa questionou posteriormente a PGR sobre a eventual abertura de um inquérito, mas não obteve resposta até ao momento.

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