Autárquicas: Ausência de coligação dos partidos de esquerda no Porto criticada

| Política
Porto Canal / Agências

Porto, 01 jul (Lusa) - A Renovação Comunista e o Movimento de Intervenção e Cidadania criticaram hoje que os partidos de "esquerda" não tenham formado uma coligação para as eleições à Câmara do Porto, considerando que este é "um mau serviço prestado à democracia".

Num comunicado enviado hoje às redações, o vereador do PS à Câmara do Porto Manuel Correia Fernandes, pelo Movimento de Intervenção e Cidadania (MIC) -- Porto, e José Cavalheiro, pela Renovação Comunista (RC) -- Porto, começam por questionar o porquê de três candidaturas de esquerda à Câmara do Porto, considerando que com "catástrofe social" que assolou o Porto se esperava que "as lógicas partidárias fossem ultrapassadas" nas próximas eleições autárquicas.

Segundo o comunicado, foi promovido pelo RC um debate, em janeiro deste ano, onde participaram MIC, PS e BE -- não tendo o PCP respondido ao convite - onde "Manuel Pizarro, que ainda não formalizara a candidatura à Câmara do Porto, demonstrou abertura para um entendimento das forças à esquerda assumindo fazer contactos com o PCP e o BE, disponibilidade que foi mantida até ao presente".

"Lamentavelmente nada foi conseguido. Nem sequer um simples encontro exploratório entre os partidos de esquerda foi possível concretizar por indisponibilidade do PCP e do BE, prevalecendo, uma vez mais, o taticismo partidário em detrimento dos superiores interesses da população", condenam.

Para o RC e para o MIC, "nestas eleições derrotar as candidaturas de direita é derrotar o próprio Governo e suas políticas".

"O MIC e a RC entendem que continuar a cultivar uma prática isolacionista, perpetuando velhas quezílias e inviabilizando o diálogo à esquerda por forma a desbloquear o sistema partidário das peias que o tolhem, é um mau serviço prestado à democracia que não se resignam a aceitar", referem.

Sobre o candidato do PSD, Luís Filipe Menezes, no mesmo texto consideram este "teve mesmo o apoio explícito de membros do Governo" e que "assume assim um reforçado valor simbólico derrotar Menezes e o seu populismo irresponsável, razão que por si só deveria ser motivo para que as forças de esquerda procurassem convergir numa candidatura única".

"Existe ainda uma candidatura que visa dar sequência à política de Rui Rio, que entendemos ter ficado muito aquém das necessidades sentidas pela cidade", criticam, numa referência a Rui Moreira.

JF // MSP

Lusa/fim

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