Presidente da Câmara de Coimbra acusa Governo de "bloquear" Metro Mondego

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Porto Canal / Agências

Coimbra, 04 julho (Lusa) - O presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, criticou hoje que o comportamento do Governo na questão do projeto Metro Mondego, que está suspenso, considerando que é o exemplo do que a administração central "não deve fazer".

"Tal como muitas das leis perras que produz, o seu [do Governo] comportamento só tem bloqueado uma cidade que tem um potencial muito acima daquele que hoje consegue concretizar", criticou o autarca socialista, na sessão solene do feriado municipal.

Ao salientar que o Metro Mondego é o projeto "mais estruturante" de que a cidade necessita para se "recriar e para melhorar a sua qualidade de vida e a sua atratividade externa", Manuel Machado recordou que a sociedade responsável pela sua implementação está parada "porque a sua Assembleia Geral está bloqueada por determinação do Estado (que é o acionista maioritário)".

A execução do projeto, inserido no Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), contempla a instalação de um metro ligeiro de superfície - com capacidade para circular nos eixos ferroviários, urbanos, suburbanos e regionais - na cidade de Coimbra e no Ramal da Lousã, onde as obras foram iniciadas mas estão interrompidas.

Em Coimbra, como o presidente do município frisou, "o património edificado está a degradar-se e o coração da cidade está esventrado" por obras de demolições que foram iniciadas, mas que também não tiveram continuidade.

Manuel Machado assegurou que "a Câmara irá avançar com a construção da Via Central para ligar a Avenida Fernão Magalhães à Rua da Sofia" e que tudo fará para ultrapassar o "bloqueio" em que o projeto se encontra, referindo que é importante o Governo perceber que a "valorização de Coimbra valoriza Portugal".

Por seu turno, o Ramal da Lousã foi desativado há quase quatro anos, estando concluída, no âmbito do projeto, parte das empreitadas entre Alto de São João (Coimbra) e Serpins (Lousã), correspondentes à Linha Verde, primeira fase do Metro Mondego, que foram interrompidas há cerca de dois anos após um investimento de cerca de 140 milhões de euros.

A conclusão do projeto não foi incluída na lista dos 30 investimentos prioritários proposta pelo Grupo de Trabalho para as Infraestruturas de Elevado Valor Acrescentado (GTIEVA), que, no relatório, apontou a necessidade de se "estudar, de forma racional e objetiva, outras soluções, que permitam reduzir significativamente o volume de investimento e custos de funcionamento e que ofereçam resposta adequada às necessidades de mobilidade das populações e melhor enquadrada no volume de procura".

Na sua intervenção, o presidente da Câmara de Coimbra considerou importante que o Governo perceba que é preciso apostar na valorização das cidades, salientando que a regeneração urbana deve ser uma das apostas do próximo quadro comunitário de apoio Portugal 2020.

"É necessário que a estratégia dos 'acordos de parceria', neste preciso momento em que decorre a negociação final em Bruxelas, expresse positivamente as dotações financeiras indispensáveis à inadiável reabilitação urbana e social de Coimbra, em especial do que, há um ano, foi classificado Património da Humanidade", sublinhou o autarca.

AMV // JLG

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