Eleições no Brasil: Campanha eleitoral arranca com Lula à frente nas sondagens
Porto Canal
Começou, esta semana, a campanha eleitoral para as presidenciais brasileiras. Entre os 12 nomes no boletim de voto, só dois parecem ter possibilidades reais de lutar pela vitória: o atual presidente Jair Bolsonaro e o ex-líder Lula da Silva, que, para já, se mantém à frente nas sondagens.
Até agora, de forma geral, Lula da Silva aparece com pouco mais de 40% das intenções de voto. Bolsonaro com cerca de 30% da preferência dos eleitores. A tendência é de que Lula e Bolsonaro irão somar mais de 80% dos votos válidos já na primeira volta.
Os dois candidatos vivem a trocar farpas em discursos.
A menos de dois meses do ato eleitoral, o Porto Canal esteve em São Paulo, para perceber o que querem os brasileiros para o futuro do país…
Entre anjos e demónios… entre o bem e o mal.
A campanha para as eleições presidenciais no Brasil arrancou com declarações patrióticas e alusões a Deus e à Bíblia.
O atual presidente, Jair Bolsonaro escolheu ir até a esquina em que foi esfaqueado no estado de minas gerais, durante a campanha eleitoral de 2018 para reforçar o conservadorismo e alertar para o perigo da ameaça comunista.
Já, Inácio Lula da Silva decidiu ir até à fábrica onde teve o primeiro emprego e discursar para jovens estudantes, camada onde tem maiores taxas de aprovação.
Segundo a última sondagem da IPEC, o ex-presidente segue com quase 10% de vantagem, colocando-se mesmo a hipótese de vencer logo na primeira volta.
A Lula da Silva, as estatísticas atribuem cerca de 44% dos votos contra 32% para Bolsonaro.
Os analistas preveem assim uma das eleições mais polarizadas de sempre, sem qualquer hipótese para os restantes candidatos. A polarização trouxe um outro dado importante para a eleição: o número recorde de eleitores registados. Mais de 156 milhões de brasileiros podem votar a 2 de outubro.
Mas e a população, o que será que pensa?
A menos de dois meses da eleição presidencial o brasil tem, nas regiões metropolitanas, quase 20 milhões de pessoas em situação de pobreza. Um cenário, que para muitos, é da responsabilidade do atual governo e que poderia ter sido evitado com reforma capazes de colocar o Brasil ao nível dos países mais desenvolvidos.