Moçambique: Presidente diz que "terrorismo" visa pilhar recursos naturais

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Porto Canal / Agências

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, considerou hoje que a violência armada na província de Cabo Delgado, norte do país, visa a pilhagem dos recursos naturais, comparando o fenómeno "a uma nova forma de colonialismo".

"Estes grupos manipulam a consciência dos jovens, com o objetivo de pilhar os recursos existentes no território e perpetuar o sofrimento e a pobreza dos moçambicanos", afirmou Nyusi.

O chefe de Estado moçambicano falava durante a abertura da VII Conferência Nacional da Juventude.  

Os grupos armados que atuam na província de Cabo Delgado desde 2017 são terroristas e recebem financiamento do exterior, agindo como "uma nova forma de colonialismo", prosseguiu Filipe Nyusi.

"Isto é uma nova forma de colonialismo, infelizmente, mentes são financiadas e utilizadas para este objetivo de 'recolonizar' África e pilhar os recursos", enfatizou Nyusi.

O Presidente moçambicano assinalou que os grupos armados têm manipulado jovens, dando dinheiro para ações de desestabilização no país e no continente.

As autoridades moçambicanas, continuou, estão empenhadas na promoção de soluções que tirem os jovens do desemprego, através de políticas que criem trabalho e autoemprego jovem.

Por outro lado, continuou, o Estado tem-se mobilizado no combate às drogas, prostituição e consumo abusivo de álcool, porque se trata de males que destroem a juventude.

"Os jovens devem ser capazes de lidar com os desafios que enfrentam e propor soluções seguras para os seus problemas", destacou.

A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

Há 784 mil deslocados internos devido ao conflito, de acordo com a Organização Internacional das Migrações (OIM), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.

Desde julho de 2021, uma ofensiva das tropas governamentais com o apoio do Ruanda a que se juntou depois a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) permitiu recuperar zonas onde havia presença de rebeldes, mas a fuga destes tem provocado novos ataques noutros distritos usados como passagem ou refúgio temporário.

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