Câmara de Amarante discorda do encerramento de três escolas no próximo ano

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Porto Canal / Agências

Amarante, 26 (Jun) Lusa) - O presidente da Câmara de Amarante, José Luís Gaspar (PSD), disse hoje à Lusa não aceitar que, no próximo ano letivo, encerrem três escolas no concelho, como defende o Ministério da Educação.

"Irei tentar que, nesta fase, o ministério não encerre estas escolas, para me dar tempo para pensar numa melhor solução", afirmou.

O autarca avançou que vai pedir à tutela o adiamento, por um ano, da eventual decisão "precipitada" de encerramento.

O presidente do município admitiu que o encerramento dos três estabelecimentos do primeiro ciclo possa justificar-se, mas não no próximo ano letivo, acentuando que não tem preparado o circuito de transportes necessário para enquadrar a decisão do ministério.

O autarca social-democrata, que está a cumprir o seu primeiro mandato, explicou que, nesta fase, não tem ainda todos os dados que permitam tomar decisões. José Luís Gaspar quer saber, por exemplo, se o encerramento preconizado pela tutela é extensivo aos jardins-de-infância que funcionam em dois dos três estabelecimentos.

A reorganização do parque escolar foi anunciada, na segunda-feira, pelo Ministério da Educação. No caso de Amarante, está previsto o encerramento de cinco escolas.

Em três casos (Gondar, Padronelo e Jazente), as juntas de freguesia já manifestaram a sua oposição ao encerramento. Gondar e Padronelo escreveram ao ministro da Educação a avisar que recorrerão aos tribunais se a tutela não recuar no encerramento dos estabelecimentos.

O presidente da Câmara disse hoje compreender a posição daquelas autarquias, sobretudo porque ainda decorre o processo de revisão da carta escolar, para apurar o número de alunos e os equipamentos existentes.

Segundo o autarca, também está previsto um estudo de uma universidade para tentar perceber qual vai ser a evolução demográfica do concelho nos próximos anos.

"Temos de perceber toda a dinâmica", declarou.

Só depois de concluída essa fase de avaliação é que haverá elementos sustentados para avançar com decisões definitivas, mas "numa perspetiva integral de todo o concelho", posição que, garantiu, foi previamente comunicada ao Ministério da Educação, através da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares.

Gaspar insiste que a Carta Educativa atual está desatualizada, porque desde 2008 houve uma "diminuição drástica" da natalidade e da população escolar. Essa situação, vincou, determina, por exemplo, que já não se justifique avançar para a construção de centros escolares que estavam previstos há alguns anos.

A solução preconizada agora pela tutela aponta que os alunos das três escolas sejam transferidos para o Centro Escolar do Marão. O presidente da câmara admite que, no futuro, fará sentido esse cenário, até porque aquele centro escolar tem três salas vazias e melhores condições pedagógicas para receber os alunos.

"Daqui a um ano, a probabilidade de encerrar é muito forte, mas sabendo como vai ficar o panorama escolar em Amarante", reafirmou.

No entanto, Gaspar alertou que, por uma questão de localização, talvez os alunos de Padronelo devam ser transferidos para a sede do concelho.

"Temos de estudar todos os cenários para percebermos quais serão as soluções mais indicadas. Mas, para isso, precisamos de dados que ainda não temos", acrescentou.

Apesar de admitir o encerramento daquelas escolas, o edil discorda do fecho dos jardins-de-infância, defendendo que devem manter-se nas freguesias.

APM // JGJ

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