Mais de 100 mil refugiados em 24 horas eleva o total para 3,1 milhões desde a invasão russa à Ucrânia

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Porto Canal com Lusa

Mais de 100.000 ucranianos fugiram do país nas últimas 24 horas, anunciou hoje a ONU, que, desde a invasão russa, já contabiliza 3,16 milhões de refugiados e mais de dois milhões de deslocados no país. Metade dos refugiados são crianças.

De acordo com os números publicados na conta oficial do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), estavam registados, até às 10:30 (hora de Lisboa), 3.169.897 refugiados da Ucrânia, o que representa mais 106.802 do que à mesma hora de quarta-feira.

Metade dos refugiados são crianças.

A guerra desencadeada pela invasão russa, a 24 de fevereiro, também provocou o deslocamento interno de cerca de dois milhões de pessoas, pelo que o total de pessoas que tiveram de abandonar as suas casas na Ucrânia alcança já os 5,2 milhões.

Mais de metade de todos os refugiados fugiram para a Polónia, onde já entraram 1.916.445 pessoas em fuga do conflito na Ucrânia, avançou o ACNUR, adiantando, no entanto, que os guardas de fronteira polacos notaram uma queda de 11% nas entradas na quarta-feira em comparação ao dia anterior.

Antes desta crise, a Polónia já albergava cerca de 1,5 milhões de ucranianos que iam, na sua maioria, trabalhar naquele país membro da União Europeia.

De acordo com a agência de refugiados da ONU, 491.409 pessoas foram para a Roménia e 350.886 para a Moldova, mas muitos destes decidem seguir para outros países.

A Hungria recebeu 282.611 pessoas até agora, segundo dados do ACNUR contabilizados até quarta-feira, sendo que o país -- que tem cinco postos fronteiriços com a Ucrânia -- converteu vários edifícios públicos de cidades fronteiriças em centros de assistência.

A Eslováquia tem sido outro dos países para onde os ucranianos fogem, tendo já recebido 228.844 refugiados.

O ACNUR adianta que muitas das pessoas fogem também para a Rússia, para onde foram 168.858 refugiados, e para a Bielorrússia, onde foram recebidas 2.127 pessoas.

A agência da ONU não contabilizou as fugas para outros países que não fazem fronteira com a Ucrânia, mas estima que "um grande número de pessoas que passou as fronteiras continuou viagem a caminho de outros países".

A organização admite recear que o número de refugiados do conflito chegue rapidamente aos quatro milhões, e que o número de deslocados internos se aproxime de sete milhões.

A crise dos refugiados ucranianos é a pior na Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial, superando os estimados 2,4 milhões causados pelas guerras na ex-Jugoslávia, durante a década de 1990.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia, condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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