Mais de 1,2 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia

Mais de 1,2 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia
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Porto Canal com Lusa

Mais de 1,2 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia desde o início da invasão russa, no dia 24 de fevereiro, de acordo com um novo balanço apresentado hoje pelo Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR).

Segundo a informação registada às 11:00 TMG (mesma hora em Lisboa) na página oficial do ACNUR na Internet, o número de refugiados oriundos da Ucrânia é, até ao momento, de 1.209.976, o que representa mais 171.000 pessoas em comparação a quinta-feira.

Apesar dos números aumentarem significativamente todos os dias, as autoridades ucranianas e a ONU anteveem que o fluxo de refugiados irá intensificar-se ainda mais nos próximos dias, já que o exército russo está a concentrar as suas manobras militares nas principais cidades da Ucrânia.

Ainda assim, a ONU elogiou hoje as partes envolvidas no conflito em curso, após ter tido conhecimento de "relatos de acordos para facilitar a passagem segura de civis para fora das zonas de combate".

A organização internacional adiantou, porém, que ainda não foi formalmente notificada destes acordos.

Na quinta-feira, a Organização das Nações Unidas (ONU) admitiu que mais de dez milhões de pessoas podem vir a fugir da Ucrânia em resultado da invasão russa, das quais quatro milhões procurarão refúgio da guerra nos países vizinhos.

A Ucrânia é povoada por mais de 37 milhões de pessoas nos territórios controlados por Kiev, que não incluem a península da Crimeia, anexada em 2014 pela Rússia, ou as áreas sob controlo separatista no leste ucraniano.

A Polónia é, de longe, o país que, neste momento, acolhe mais refugiados ucranianos, totalizando 649.903 pessoas, ou seja, mais 101.921 do que na quinta-feira e 54,2% do total contabilizado pelo ACNUR.

Antes desta crise, a Polónia já albergava cerca de 1,5 milhões de ucranianos que iam, na sua maioria, trabalhar neste país-membro da União Europeia (UE).

Por seu lado, a Hungria recebeu 144.738 refugiados ucranianos - 12% do total - e tem hoje mais quase 12.000 refugiados do que na quinta-feira, referiu a mesma fonte.

O país tem cinco postos de fronteira com a Ucrânia e várias cidades fronteiriças, como Zahony, converteram prédios públicos em centros de assistência, onde civis húngaros vão oferecer comida ou assistência.

O número de refugiados também aumentou na Moldova, subindo para 103.254 pessoas, o que representa 9,2% do número total.

No entanto, como sublinhou hoje um representante do ACNUR na Moldova, muitos dos refugiados no país pretendem seguir viagem para a Roménia ou para a Hungria para se encontrarem com familiares.

A Eslováquia alberga cerca de 90.329 refugiados ucranianos, ou seja, 7,5% do total, enquanto na Roménia estão 57.194 pessoas em fuga da guerra, o que representa 4,7% do total.

O ACNUR também especificou que 110.876 das pessoas (9,2% do total) que atravessaram a fronteira ucraniana continuaram a sua viagem em direção a outros países europeus e que cerca de 53.300 pessoas (4,4% do número total) preferiram refugiar-se na Rússia.

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