Redação, 28 jun (Lusa) -- O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva, congratulou-se hoje com as medidas destinadas a combater o desemprego jovem aprovadas no primeiro dia do Conselho Europeu a decorrer em Bruxelas.

"É uma medida que visa contrariar esta tendência crescente do desemprego jovem que já atinge os 40% e que é lamentável que ocorra pelo choque geracional que isso pode provocar", considerou António Saraiva, em declarações à Lusa.

Os líderes europeus acordaram quinta-feira antecipar para 2014 e 2015 a disponibilização da verba de seis mil milhões de euros destinados à garantia jovem, inicialmente prevista para o período 2014-2020, anunciou o presidente do Conselho Europeu.

O alargamento da União Europeia e o aprofundamento da União Económica e Monetária serão os temas em debate, depois de o primeiro dia de trabalhos ter sido focado na definição de medidas destinadas a travar o desemprego jovem e a melhorar o acesso ao financiamento por parte das PME.

"Temos dito que é a União Europeia que tem que resolver muitos dos problemas que estão no seio da Comunidade, embora cada estado membro tenha de fazer o seu trabalho de casa, mas são políticas europeias que têm de inverter este caminho que nos últimos anos temos trilhado no que se refere ao desemprego, seja ele jovem ou mais sénior", sublinhou.

O combate ao desemprego jovem e a questão do financiamento às empresas são, segundo o presidente da CIP, "duas medidas que se interligam neste desafio de encontrar formas de combater esse flagelo e dar às empresas condições melhores para, como lhes compete, desenvolverem e criarem emprego".

"São medidas que aplaudimos e, na reunião prévia que o primeiro-ministro teve com os parceiros sociais, manifestamo-nos nesse sentido", disse.

Por isso, sustentou, "vemos com bons olhos esta medida que o Conselho Europeu tomou, assim como aplaudimos a decisão de promover o mais rápido e eficaz financiamento às empresas, que é outra das medidas que temos vindo a solicitar".

"É urgente, é necessário que as PME tenham acesso ao crédito e em condições mais favoráveis, venham elas através de mecanismo europeus no Banco Central, venham através deste acordo com o Banco Europeu de Investimento", referiu António Saraiva.

Para o presidente da CIP, "tudo servirá para atingir esse objetivo que é dotar as empresas de uma possibilidade de financiamento, porque através dele também se desenvolverá o investimento e se combaterá o desemprego. São medidas que se interligam e que, por isso, não podemos estar mais de acordo".

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