Inquirições na comissão de inquérito dos submarinos poderão começar em Julho

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 18 jun (Lusa) - O presidente da comissão parlamentar de inquérito aos Programas Relativos à Aquisição de Submarinos e de Viaturas Blindadas PANDUR defendeu hoje que se aproveite "o máximo possível" o mês de julho para fazer as inquirições necessárias.

"Vamos entrar no mês de julho, penso que deveríamos aproveitar o máximo possível para fazer inquirições", afirmou o presidente da comissão de inquérito, o deputado do CDS-PP Telmo Correia, apelando aos partidos para que, assim que possível, entreguem os seus pedidos relativos às pessoas que querem ouvir.

Na reunião desta manhã, a quinta da comissão parlamentar de inquérito aprovada a 21 de março, Telmo Correia deu ainda conta da chegada da maior parte da documentação solicitada pelos deputados, nomeadamente as informações que tinham sido requeridas ao ministérios da Defesa e dos Negócios Estrangeiros, à Procuradoria-Geral da República, ao Supremo Tribunal Administrativo e ao Tribunal de Contas.

"Temos já vasta documentação disponível", disse.

Em falta, acrescentou, está apenas a documentação solicitada à 6ª vara criminal e ao ministério da Economia.

Na agenda da reunião de hoje da comissão parlamentar estavam também a nomeação do relator e a análise das propostas de quesitos para o questionário, mas uma decisão sobre os dois pontos foi adiada para a próxima semana.

Na última reunião da comissão, os deputados tinham acordado que o relator deveria ser encontrado através do consenso. Contudo, visto não se ter realizado entretanto qualquer "conversa informal" entre os coordenadores dos partidos na comissão, esta manhã foi decidido adiar até à próxima semana uma decisão formal.

A criação da comissão parlamentar de inquérito aos Programas Relativos à Aquisição de Submarinos e de Viaturas Blindadas PANDUR foi aprovada em 21 de março, com o voto favorável de todas as bancadas e a abstenção da deputada do PS Isabel Moreira.

O âmbito do inquérito, inicialmente apresentado pelo PS, era a compra de submarinos e PANDUR, durante o Governo de coligação liderado por Durão Barroso e no qual Paulo Portas era ministro da Defesa.

O texto sofreu depois modificações por proposta da maioria PSD/CDS-PP para abranger todos os contratos desde há cerca de 15 anos: P3 Orion, helicópteros EH101, Torpedos, C295, aviões F-16, submarinos e viaturas blindadas PANDUR.

VAM (HPG) // SMA

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