Arménio diz que protesto visa direito a trabalho e com direitos
Porto Canal
O secretário-geral da CGTP/In, Arménio Carlos, disse hoje que a greve geral "visa manter o direito ao trabalho e ao trabalho com direitos", que estão a ser destruídos pelo atual Governo.
Arménio Carlos falava hoje à noite aos jornalistas no Centro de Resíduos Sólidos da Câmara Municipal de Lisboa, onde se foi encontrar com os trabalhadores municipais que iniciaram a greve, para se solidarizar com a luta destes.
Dos 160 trabalhadores que diariamente saem daquele local para a recolha de lixo na cidade, apenas 14 não fizeram greve, segundo o dirigente da Comissão de Trabalhadores da autarquia.
"Assegurar trabalho para todos, acabar com o milhão e meio de pessoas que não têm trabalho porque este Governo não está só a encerrar as empresas como também está a retirar a proteção social aos desempregados" são, segundo Arménio Carlos, objetivos da greve geral.
O dirigente da CGTP/In acusou ainda o primeiro-ministtro de estar a governar "para destruir o emprego e aumentar o desemprego".
Sobre as expectativas para a greve geral de quinta-feira, Arménio Carlos disse que todas as informações que têm são boas e que tudo indica que "vai ser uma grande greve geral".
"Esta greve geral, além de ser um direito dos trabalhadores, pretende ainda mostrar ao Governo que não tem condições para continuar e sobretudo para exigir uma mudança política e a possibilidade de os portugueses exprimirem a sua opinião através do voto e nomeadamente através de eleições", disse.
Arménio Carlos disse ainda ter conhecimento de que muitos trabalhadores hoje antes de irem para casa foram intimidados das mais variadas formas para irem trabalhar [no dia da greve], acrescentando que a greve é uma "dupla responsabilidade, de todos sem exceção, homens e mulheres, para lutarem no presente e assegurarem um futuro melhor e mais digno para todos".