João Leão garante que "não há aumento de impostos para nenhum português" e avisa a Esquerda que o "Orçamento é absolutamente crítico e decisivo"
Porto Canal
O Ministro das Finanças, João leão, garantiu na manhã desta terça-feira que este é um Orçamento "de recuperação", de "investimento" e não vê razões para que não seja aprovado pela Esquerda.
Na apresentação do Orçamento do Estado para 2022 o Ministro das Finanças garantiu que "não há aumento de impostos para nenhum português" visto que o Governo prevê "baixar o IRS para a classe média" e que não abdica de "gestão responsável das contas públicas".
Sobre a economia portuguesa, João Leão disse que deverá crescer 10,6% no conjunto de 2021 e 2022, e, para 2022, a previsão é de um crescimento de 5,5% salientando que este é "o crescimento mais elevado das últimas décadas, que permite retomar a trajetória de convergência interrompida com a crise pandémica" e que este é Orçamento com maior "impulso macroeconómico de sempre".
Com vários recados para a Esquerda, o Ministro das Finanças disse que este Orçamento é "absolutamente crítico e decisivo" e que tem "condições para ser aprovado" e não seria compreensível para o País não ter esta ferramenta à sua disposição".
João Leão salientou que os aumentos dos salários para a função pública chegam a 730 mil funcionários e têm peso de 780 milhões nas contas, o aumento previsto de 0,9% terá um impacto nas contas de 225 milhões de euros o que significa num aumento de 2,5% do salário médio.
Sobre o Novo Banco o Ministro das Finanças afirmou que "não está prevista qualquer transferência para o Novo Banco em 2022", já em relação à TAP, o Ministro explicou que o plano de reestruturação da companhia aérea está nas mãos do Ministério das Infraestruturas e a ser discutido com a Comissão Europeia, mas há "perceção de que não há nenhuma razão para que não possa ser aprovado até ao final do ano".