Cotação do barril Brent em forte baixa de 6,75% para 68,62 dólares
Porto Canal com Lusa
Londres, 19 jul 2021 (Lusa) -- A cotação do barril de crude Brent para entrega em setembro sofreu hoje uma acentuada quebra no mercado de futuros de Londres, de 6,75%, e fechou a sessão a cotar em 68,62 dólares.
O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, encerrou a cotar 4,97 dólares abaixo dos 73,59 dólares com que tinha fechado as transações na sexta-feira.
Na base do comportamento do preço no dia de hoje esteve a decisão do grupo OPEP+, que junta os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) com dez aliados, como a Federação Russa, de aumentar a sua produção.
A decisão de hoje colocou um fim à tendência das últimas semanas de subida do preço do barril.
Depois de fechar em alta na sexta-feira, o petróleo acusou desde o início da sessão o anúncio do OPEP+, feito durante o dia de domingo, de aumentar a produção conjunta de forma escalonada nos próximos cinco meses, até chegar a mais dois milhões de barris diários em dezembro.
Desta forma, o OPEP+ reduz para 3,8 milhões de barris diários o corte acordado em abril de 2020 -- então, de 9,7 milhões de barris por dia - em resposta à descida do consumo mundial de petróleo subsequente à crise causada pela pandemia do novo coronavirus.
A OPEP estima que o consumo mundial de crude aumente 4,8% no segundo semestre deste ano e 3,4% em 2022, passando o limiar dos 100 milhões de barris diários.
O acordo alcançado no Dubai, no domingo, vai permitir que cinco Estados aumentem a sua produção e acaba com a divisão no OPEP+, criada pela pretensão dos Emirados Árabes Unidos (EAU) de aumentarem a sua produção.
Em comunicado divulgado no domingo, o grupo fez saber que, além dos EAU, também sauditas, russos, iraquianos e koweitiano vão ter os limites revistos em alta.
Os membros da OPEP são Argélia, Angola, Congo, Guiné Equatorial, Gabão, Irão, Iraque, Koweit, Líbia, Nigéria, Arábia Saudita, EAU e Venezuela. O grupo OPEP+ integra também Azerbaijão, Barém, Brunei, Cazaquistão, Malásia, México, Omã, Federação Russa, Sudão e Sudão do Sul.
RN // PDF
Lusa/Fim