Assembleia de Credores aprova venda da empresa têxtil Coelima

Assembleia de Credores aprova venda da empresa têxtil Coelima
| Norte
Porto Canal com Lusa

Os credores aprovaram hoje a venda da Coelima, tendo o Juízo de Comércio de Guimarães agendado para 25 de junho a continuação da Assembleia de Credores para votação das propostas para a compra da empresa têxtil.

Na Assembleia de Credores, que durou mais de quatro horas, a venda da empresa, proposta pelo administrador de insolvência, foi aprovada por mais de 96% dos votos.

Ficou ainda decidido que até às 18:00 de segunda-feira (21 de junho) os três interessados na aquisição da empresa insolvente possam melhorar as respetivas propostas, prazo que serve igualmente para que novos interessados apresentem propostas de compra ao administrador de insolvência.

Até às 12:00 do dia seguinte, 22 de junho, o administrador de insolvência, Pedro Pidwell, envia à Comissão de Credores todas as propostas em causa para a aquisição da empresa e, caso os interessados autorizarem, junta as mesmas aos autos.

Para as 10:00 de 25 de junho ficou marcada a continuação da Assembleia de Credores, na qual serão analisadas e votadas as propostas para a aquisição da têxtil de Guimarães.

Parte integrante do grupo MoreTextile -- que, em 2011, resultou da fusão com a JMA e a António Almeida & Filhos e cujo acionista principal é o Fundo de Recuperação gerido pela ECS Capital --, a Coelima apresentou-se à insolvência no passado dia 14 de abril, na sequência da quebra de vendas "superior a 60%" provocada pela pandemia e da não aprovação das candidaturas que apresentou às linhas covid-19.

O anúncio da sentença de declaração de insolvência da Coelima foi publicado em 22 de abril, com a empresa a apresentar um passivo de perto de 30 milhões de euros e cerca de 250 credores no final de 2020.

Apesar de ter inicialmente manifestado a intenção de apresentar um plano de insolvência com vista à recuperação da empresa, a administração da têxtil de Guimarães acabaria por recuar e, em 26 de maio, avançou à Lusa não estarem "reunidas as condições que permitam assegurar a manutenção da exploração".

Ainda assim, a administração dizia estar "em curso um processo de aproximação por parte de um consórcio de investidores que poderão permitir a preservação da atividade económica desenvolvida pela Coelima".

A confirmação chegaria alguns dias depois, com a entrega em tribunal de uma primeira proposta de compra da empresa, por parte de um consórcio de Guimarães composto pelas sociedades RTL (detida pelo empresário e antigo trabalhador da Coelima Alfredo Jorge Teixeira) e José Fontão & Cia, que assume como "fim único manter viva a empresa e a marca Coelima, empresa centenária, histórica e que alberga mais de 250 famílias através dos seus trabalhadores".

A esta primeira proposta seguiram-se, nos dias seguintes, duas outras, também de empresas interessadas em manter em atividade a Coelima e assegurar os cerca de 250 postos de trabalho existentes: uma de um consórcio constituído pela Felpinter, de Santo Tirso, e pela Mundotêxtil, de Vizela; e outra da têxtil Mabera, de Vila Nova de Famalicão.

Entre os principais credores da Coelima destacam-se os trabalhadores (que reclamam créditos de 10,82 milhões de euros), a Caixa Geral de Depósitos (10,44 milhões de euros), o Fundo Autónomo de Apoio à Concentração e Consolidação de Empresas (FACCE, que reclama 9,61 milhões de euros), o Novo Banco (7,41 milhões de euros) e o BCP (4,82 milhões de euros).

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