Soldados destacados para o centro de Banguecoque após imposição de lei marcial

Soldados destacados para o centro de Banguecoque após imposição de lei marcial
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Porto Canal / Agências

Soldados foram destacados esta manhã para as ruas do centro de Banguecoque, depois de ter sido imposta a lei marcial no país, para restaurar a ordem após meses de crise política na Tailândia.

Soldados armados e em veículos blindados tomaram posições no distrito comercial, zona dos hotéis e perto das estações de televisão, noticia a agência France Press.

Entretanto, soldados cercaram um protesto pró-governamental dos "Camisas Vermelhas" na capital da Tailândia, disse o líder dos manifestantes.

"Estamos cercados por tropas de todos os lados", disse à AFP Jatuporn Prompan.

Os militares estavam a tentar convencer os Camisas Vermelhas a acabarem com o protesto, de acordo com Paradorn Pattanatabut, conselheiro de segurança do primeiro-ministro Prime Minister Niwattumrong Boonsongpaisan.

"O exército está a negociar com os Camisas Vermelhas", disse.

Os Camisas Vermelhas contestaram a destituição da primeira-ministra Yingluck Shinawatra no início do mês, por decisão do tribunal.

O movimento advertiu para a ameaça de uma guerra civil se o poder for parar às mãos de um líder não eleito, como reivindica a oposição.

Em 2010, manifestações dos Camisas Vermelhas, apoiantes do irmão de Yingluck Shinawatra, o antigo primeiro-ministro tailandês Thaksin Shinawatra, em Banguecoque, degeneraram nos maiores episódios de violência política em décadas na Tailândia, com a repressão militar sobre os manifestantes a fazer cerca de 90 mortos, na sua maioria civis.

O exército tailandês declarou hoje a lei marcial no país, com a ressalva de não se tratar de um golpe de Estado, depois de meses de protestos contra o governo, que causaram 28 mortos e centenas de feridos.

O anúncio foi feito no canal televisivo controlado pelos militares e invocou o objetivo de "restaurar a paz e a ordem para pessoas de todas as partes".

Entretanto, o governo de Banguecoque comunicou que, apesar de não ter sido consultado antes do anúncio do exército, ainda se mantinha em funções.

O conselheiro de segurança do primeiro-ministro Niwattumrong Boonsongpaisan afirmou que "o governo interino continua a existir com Niwattumrong como primeiro-ministro, tudo está normal, exceto que o exército é responsável por todos os assuntos de segurança nacional".

Na semana passada, a Comissão Eleitoral da Tailândia pediu o adiamento das eleições legislativas, previstas para 20 de julho, por causa dos violentos protestos que continuam a assolar o país.

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