Covid-19: Angolano autor de documentário premiado em Londres celebra "união" durante pandemia
Porto Canal com Lusa
Londres, 24 jan 2021 (Lusa) - A "união" das comunidades locais em Londres foi o que mais impressionou o angolano Henrique Sungo, realizador de um documentário premiado sobre o impacto da pandemia covid-19.
"Apesar das dificuldades e testemunhos de momentos menos bons, o que mais me impressionou foi a união das pessoa, a ideia de que precisamos de estar juntos para vencer a pandemia e de obedecer à regras, senão o virus vai proliferar", contou à Agência Lusa.
Autor de vários livros sobre nutrição e bem estar e "agente cultural", Henrique Sungo produziu o documentário "O Vírus Inesperado" em 2020, após o primeiro confinamento no Reino Unido na primavera de 2020, recolhendo testemunhos de membros da comunidade lusófona na capital britânica.
O impacto de saúde mental e forma física, o efeito nos negócios e as iniciativas criadas para apoiar pessoas em carências foram algumas das perspetivas abordadas em entrevistas a uma assistente social, um treinador de futebol, uma estudante, um empreendedor, uma família com crianças, vários voluntários de organizações de solidariedade e funcionários de serviços públicos.
A maioria dos entrevistados são lusófonos, mas Sungo diz ter procurado uma diversidade de interlocutores para mostrar a repercussão da pandemia na capital britânica e no Reino Unido, um dos países com maior número de mortes a nível mundial.
O documentário, de 17 minutos, foi distinguido em janeiro com o Prémio do Júri para Documentário Curto do London ArtHouse Film Festival 2020, um festival que pretende "incentivar novos produtores e diretores de cinema emergentes de todo o mundo".
Natural do Huambo, Henrique Sungo é autor de vários livros infantis, sobre nutrição e cultura angolana e reside no Reino Unido há cerca de uma década, onde se assume como um "agente cultural".
Há dois anos atrás assistiu a cerimónia de entrega de prémios do mesmo festival e diz ter ficado "curioso e inspirado" para desenvolver trabalhos em vídeo.
"Estou a fazer mais formação para continuar a fazer documentários", adiantou.
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