China e Angola vão assinar dois acordos no âmbito da visita do PM Li Keqiang a Luanda
Porto Canal / Agências
Luanda, 08 mai (Lusa) - China e Angola vão assinar dois acordos durante a visita do primeiro-ministro chinês Li Keqiang a Luanda, aonde chega hoje a meio da tarde, disse fonte diplomática à Lusa.
Os acordos, um para a supressão de vistos diplomáticos entre os dois países e o segundo no domínio financeiro, são assinados sexta-feira no Palácio Presidencial, depois de um encontro entre Li Keqiang e o Presidente angolano José Eduardo dos Santos e as conversações oficiais entre as duas delegações.
Hoje, no primeiro dia, a visita é dedicada às empresas e cidadãos chineses, com uma visita à cidade do Kilamba Kiaxi, e uma reunião com empresários chineses e um encontro com funcionários da embaixada chinesa e comunidade chinesa residente em Luanda.
Kilamba Kiaxi, uma cidade inteiramente nova e em fase de expansão na zona a sul de Luanda, é o cartão de visita que as autoridades angolanas apresentam a entidades estrangeiras que visitam o país e que reflete o sucesso da Angola saída do pós-guerra civil.
Já com milhares de famílias a viver no Kilamba Kiaxi, a nova centralidade foi construída pela empresa chinesa Citic, uma das maiores a operar em Angola.
O segundo dia da visita é dedicado às relações bilaterais, com o encontro privado de Keqiang e José Eduardo dos Santos, conversações entre as duas delegações e a assinatura dos dois acordos de cooperação.
Angola é a terceira etapa do périplo africano que já levou li Keqiang à Etiópia e Nigéria, e que termina no Quénia, para onde o primeiro-ministro chinês parte ao princípio da tarde de sexta-feira, em Luanda.
As relações sino-angolanas traduzem o conceito "oil for money", em que a China compra 45 por cento das exportações de petróleo angolano e Angola beneficia de linhas de crédito que permitiram iniciar a reconstrução do país exaurido saído da guerra civil que terminou em abril de 2002.
Os dois países estabeleceram em 2010 uma parceria estratégica.
Esta primeira visita de Li Keqiang a África, um ano depois de o Presidente Xi Jinping ter visitado o continente africano, evidencia o crescente relacionamento entre a China e África.
No caso de Angola, constitui o reconhecimento da vital importância do combustível angolano no funcionamento da gigantesca máquina industrial chinesa.
EL // PJA
Lusa/Fim