Detido cabecilha de "grupo de extrema esquerda" que atacou universidade na Venezuela

| Mundo
Porto Canal / Agências

Caracas, 07 mai (Lusa) - As autoridades venezuelanas anunciaram hoje a detenção de um alegado cabecilha de um "grupo de extrema esquerda" que na última segunda-feira incendiou uma universidade privada em Barquisimeto, estado de Lara, a oeste da capital.

"O alegado cabecilha do grupo de extrema esquerda que atacou a Universidade Fermín Toro foi detido pela polícia de Lara" anunciou o governador do estado, Henry Falcón.

Segundo o político, o detido foi identificado como Cristian Rafael Sánchez Padilla e na ação da polícia foi-lhe confiscado "equipamentos incendiários e subversivos não convencionais" entre os quais explosivos com "pregos incrustados".

"Apelo a que não se deixem utilizar por quem quer levar o país por caminhos afastados da democracia e da Constituição. O que aconteceu na Universidade Fermín Toro é um ato terrorista que condenamos", disse.

O ataque provocou elevados danos materiais e estruturais na universidade, destruindo "uma biblioteca com mais de 25 anos de teses de licenciatura, textos e investigações".

Henry Falcón instou a polícia política e as autoridades de investigação criminal a "desarticularem os grupos de extrema esquerda que promovem a violência" no país.

Antigo militante do Partido Socialista Unido da Venezuela, o partido do falecido presidente Hugo Chávez, Henry Falcón é agora presidente da "Avançada Progressista".

Em Caracas, na tarde da última terça-feira, grupos armados dispararam contra a sede da Universidade Católica Andrés Bello, quando vários estudantes protestavam contra a detenção de um colega.

Dois estudantes ficaram feridos durante o ataque em que foram ainda atiradas garrafas, pedras e foguetes. A universidade suspendeu as atividades académicas e administrativas.

Desde há três meses que se registam protestos diários em várias regiões da Venezuela contra o Governo do Presidente Nicolás Maduro devido à crise económica, inflação, escassez de produtos, insegurança, corrupção, alegada ingerência cubana e a repressão por parte de organismos de segurança do Estado.

Alguns protestos degeneraram em confrontos violentos durante os quais, segundo o Ministério Público, morreram 41 pessoas, nove das quais funcionários policiais ou militares.

Por outro lado, 785 pessoas ficaram feridas, 2.730 foram detidas e apresentadas aos órgãos judiciais e 197 estão em prisão.

Segundo as autoridades venezuelanas 17 polícias estão detidos, três encontram-se em regime de apresentação periódica mensal, e existem cinco mandados por executar na sequência de investigações sobre alegadas violações do poder dos agentes.

FPG // JCS

Lusa/fim

+ notícias: Mundo

Ex-membro da máfia de Nova Iorque escreve livro dirigido a empresários

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- Louis Ferrante, ex-membro do clã Gambino de Nova Iorque, disse à Lusa que o sistema bancário é violento e que escreveu um livro para "aconselhar" os empresários a "aprenderem com a máfia" a fazerem negócios mais eficazes.

Secretário-geral das Nações Unidas visita Moçambique de 20 a 22 de maio

Maputo, 06 mai (Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, vai visitar Moçambique de 20 a 22 de maio, a primeira ao país desde que assumiu o cargo, em 2007, anunciou o representante do PNUD em Moçambique, Matthias Naab.

Síria: Irão desmente presença de armas iranianas em locais visados por Israel

Teerão, 06 mai (Lusa) - Um general iraniano desmentiu hoje a presença de armas iranianas nos locais visados por Israel na Síria, e o ministro da Defesa ameaçou Israel com "acontecimentos graves", sem precisar quais, noticiou o "site" dos Guardas da Revolução.