Venezuela responderá com firmeza a sanções dos EUA

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Porto Canal / Agências

Caracas, 07 mai (Lusa) - O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, advertiu hoje que o seu Governo responderá com firmeza se os Estados Unidos decidirem aplicar sanções contra Caracas, na sequência de denúncias sobre alegadas violações dos direitos humanos no país.

"Qualquer ação tomada no campo das sanções, é negativa, mas se as tomarem eu responderei e o farei com firmeza. Eu não sou intimidável por ninguém", disse durante o programa radiofónico semanal "Em contato com Maduro", transmitido desde o palácio presidencial de Miraflores, em Caracas.

O Presidente da Venezuela sublinhou ainda que "se agredirem a Venezuela, diplomaticamente, e impuserem bloqueios e sanções" há uma obrigação de resposta e questionou sobre quem seria prejudicado em primeiro lugar com a medida.

"Se tivéssemos de fechar todos os consulados e embaixadas para defender a Venezuela quem seriam os prejudicados?. Os venezuelanos que vivem nos Estados Unidos", disse.

Por outro lado, explicou, pediu à Procuradora-geral da República, Luísa Ortega Díaz, "que inicie uma investigação, no uso das suas faculdades, como líder do Ministério Público, à instigação de agressão à Venezuela da parte das pessoas que estão a dar a cara por esta iniciativa anti venezuelana, porque a Venezuela tem que se defender com a justiça".

"Que se identifique quem são estes alegados venezuelanos que a partir dos Estados Unidos apelam à agressão, ao bloqueio e à sanções contra a Venezuela e se tomem todas as medidas do caso. Venezuelano que vá ao estrangeiro instigar uma agressão contra a Venezuela, pelo menos pela justiça tem que ser processado e algum dia pagará por isso. A Venezuela tem direito a defender-se e nos vamos defendermo-nos", frisou.

O Chefe de Estado considerou também ao fracasso uma iniciativa de venezuelanos radicados em 19 estados norte-americanos que, segundo a imprensa, vão reunir-se sexta-feira em protesto junto do Congresso norte-americano, a Casa Branca e a Organização de Estados Americanos, contra a atuação do Governo de Caracas durante as manifestações que desde há três meses ocorrem diariamente no país.

Nicolás Maduro referiu-se ainda às recentes denúncias do secretário de Estado dos EUA, John Kerry, de que o Governo venezuelano estaria a limitar o acesso a internet e a bloquear sítios web.

"Isto é um presente para John Kerry (...) aprovados 86 milhões de bolívares (aproximadamente 1,25 milhões de euros, à taxa Sicad II) para instalar Internet 'roda livre', wifi gratuito, em 319 aldeias universitárias, 746 liceus, 117 universidades e 65 praças do país", disse.

Durante o programa radiofónico, Nicolás Maduro recordou que solicitou ao Governo de Barack Obama que aprove Maximilian Arveláez como embaixador da Venezuela nos Estados Unidos.

FPG // JCS

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