Crescimento moderado de 1,8% para o Brasil este ano
Porto Canal / Agências
Paris, 06 mai (Lusa) - O Brasil precisa de diminuir as barreiras comerciais, aumentar o investimento nas infraestruturas e lançar reformas económicas para crescer mais depressa que os 1,8% previstos para este ano, defende a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
"A economia perdeu o fôlego anterior, apesar de a inflação se manter persistentemente acima do ponto médio definido pelo banco central nos 4,5%", lê-se no relatório da OCDE sobre as Perspetivas Económicas (Economic Outlook, no original).
A organização acrescenta que "aumentar mais rapidamente os investimentos em infraestruturas, baixar as barreiras comerciais e lançar reformas económicas "são necessários para aumentar o crescimento potencial".
No documento, divulgado hoje em Paris, a OCDE prevê que o Brasil cresça 1,8% este ano e acelere para os 2,2% em 2015, depois de no ano passado ter crescido 2,3%.
Entre os fatores que explicam o abrandamento da atividade económica no Brasil, este ano, está, entre outros, a realização de eleições presidenciais no final do ano, bem como uma política monetária mais 'apertada', uma descida na procura externa e as "incertezas decorrentes das eleições".
Para os economistas da OCDE, o Brasil vai "permanecer numa trajetória de crescimento moderado e inflação alta".
MBA // VM
Lusa/Fim