Director do fundo de resgate felicita Portugal pela "saída limpa"
Porto Canal / Agências
Bruxelas, 05 mai (Lusa) - O diretor-executivo do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), mecanismo que suportou um terço dos empréstimos a Portugal, felicitou hoje o país pela conclusão do programa de assistência e considerou "positiva" a opção do Governo por uma "saída limpa".
Na conferência de imprensa no final da reunião dos ministros das Finanças da zona euro, na qual a ministra Maria Luís Albuquerque comunicou formalmente aos seus parceiros do Eurogrupo a decisão de Portugal, Klaus Regling considerou "muito produtiva" a relação de três anos, e disse ser "positivo que Portugal se torne o terceiro país com uma saída limpa, após a Irlanda e a Espanha no final do ano passado".
"Também é muito positivo que Portugal tenha sido capaz de emitir no mercado de dívida com taxas de juro abaixo dos níveis anteriores à crise", acrescentou.
A concluir, Klaus Regling, que é também o diretor-executivo do novo fundo permanente, o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), disse que agora a relação com Portugal será prosseguida, como com todos os restantes Estados-membros, "no contexto do sistema de alerta precoce" do MEE.
A 24 de abril passado, a direção do FEEF aprovou o desembolso da última 'tranche' do empréstimo a Portugal, de 1,2 mil milhões de euros, assinalando o final da assistência financeira deste mecanismo ao país, iniciada em junho de 2011, e que ascendeu no total a 26 mil milhões de euros, tal como ficara estabelecido na reunião de ministros das Finanças da UE de maio de 2011, quando foi acordado o "resgate" a Portugal.
Do pacote total de ajuda externa a Portugal, no montante global de 78 mil milhões de euros, um terço foi concedido pela UE ao abrigo do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira, o MEEF, outro tanto através do Fundo Europeu de Estabilização Financeira, o FEEF (26 mil milhões cada), e a terceira fatia, de idêntico valor, pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
Por ocasião da criação do MEE, ficou estabelecido que o FEEF continuaria operacional para terminar o financiamento dos programas de assistência à Grécia, Portugal e Irlanda.
Depois de a Irlanda ter concluído o seu programa em dezembro último, assim como a Espanha - nesse caso para o setor bancário -, e com o final da assistência a Portugal, no próximo mês, o Fundo continuará assim apenas operacional até terminar a assistência à Grécia.
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