Mais importante do que o tipo de saída da 'troika' é manter o rumo do país - Nuno Amado
Porto Canal / Agências
Lisboa, 05 mai (Lusa) - O presidente do BCP, Nuno Amado, considerou hoje que melhor do que discutir qual a forma de saída da 'troika' de Portugal é assegurar que o país se mantém no percurso de ajustamento que tem percorrido nos últimos três anos.
"A decisão está tomada, o melhor é andar para a frente e trabalhar com afinco no caminho que está definido", afirmou aos jornalistas o banqueiro.
"Nós não temos toda a decisão que os decisores têm", sublinhou, considerando que o dia de domingo, quando o Governo anunciou a saída limpa da 'troika' (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), foi um "dia importante" para Portugal.
"Foi o corolário de três anos de grandes sacrifícios para todos os portugueses, uns mais e outros menos", realçou.
Mais, segundo Amado, "há um ano havia dúvidas [sobre a capacidade de o país abdicar de um novo resgate ou de um programa cautelar], pelo que é bom para todos".
E reforçou: "O mais importante é continuarmos o processo de consolidação das finanças públicas e de crescimento do país".
O presidente do BCP vincou que é "importante que isso seja conseguido com muito mais setor privado e muito mais setor produtivo".
Segundo o responsável, "nos últimos dois ou três meses, 80% das notícias falam do Estado" português.
"Temos é que falar do setor privado e das condições necessárias para ele crescer. A análise está muito enviesada para o antes e não para o depois, como devia ser", opinou, pedindo a "estabilidade da coisa pública".
Isto, "independentemente das políticas serem mais para a direita ou para a esquerda".
Para Nuno Amado, "se isso acontecer, teremos melhorias no 'rating'".
E finalizou: "Estou convencido que vamos ter um futuro mais sustentável do que nos últimos anos".
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