Montante reservado à banca será usado sem restrições após testes de 'stress'
Porto Canal / Agências
Lisboa, 02 mai (Lusa) -- A ministra das Finanças afirmou hoje que a parte do resgate consignado à banca que ainda não foi utilizada (atualmente 6,4 mil milhões de euros) será usada "sem qualquer tipo de restrição" após os testes de 'stress' aos bancos.
"Uma vez que está a decorrer ao longo destes meses e que será concluída no final de outubro uma avaliação abrangente do sistema bancário europeu para preparar o início do mecanismo de supervisão bancário europeu (...) comprometemo-nos, nós voluntariamente, a manter esse montante reservado até que este processo esteja concluído", afirmou Maria Luís Albuquerque na conferência de imprensa em que apresentou os resultados da 12.ª avaliação regular ao Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF).
A governante acrescentou ainda que, uma vez que esteja concluído esse processo, Portugal estará naturalmente "livre para o utilizar para reembolsar, para realizar outras necessidades de financiamento, para substituir emissões de dívida, sem qualquer tipo de restrição".
De acordo com Maria Luís Albuquerque, o Governo vai manter este montante reservado, não porque tenha "qualquer razão para antecipar necessidades adicionais de financiamento dos bancos, mas por uma questão de tranquilidade dos mercados, que é uma questão muito importante".
Dos 78 mil milhões que a 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia) emprestou a Portugal, 12 mil milhões ficaram consignados ao setor bancário e, desse montante, estão ainda por utilizar 6,4 mil milhões de euros.
ND/SMS // VC
Lusa/fim