Banca em Angola cresce 30% até 2016 apesar da "alta corrupção" e tribunais ineficazes - Moody's

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Porto Canal / Agências

Limassol, Chipre, 30 abr (Lusa) - O setor bancário em Angola vai crescer até 30% até 2016, prevê a Moody's no relatório sobre a banca, no qual alerta para as fraquezas da moldura institucional do país, incluindo "alta corrupção e um sistema legal ineficiente".

No relatório Sistema Bancário de Angola: Visão Geral e Perspetiva, a que a Lusa teve acesso, os analistas de uma das maiores agências de notação financeira do mundo consideraram que "a dependência económica das receitas do petróleo e uma fraca moldura institucional, incluindo alta corrupção e um ineficiente sistema legal, colocam riscos para o crescimento da banca", que se prevê poder expandir-se quase um terço nos próximos dois anos.

"O crescimento significativo da economia, a despesa em infraestruturas, uma nova lei cambial e a penetração da banca na população ainda fora do sistema bancário [estimada pela Moody's em 80%) pode dar ímpeto a um crescimento significativo do setor, que projetamos andará nos 10 a 15% por ano nos próximos dois anos", acrescenta o relatório.

Os analistas notam ainda que, apesar de Angola dever ter este ano a maior taxa de crescimento do PIB desde 2008, a dependência do petróleo, que representa cerca de 80% das receitas estatais, é um risco: "Antevemos que o sistema bancário permaneça vulnerável à volatilidade do preço do petróleo, uma vez que a excessiva dependência de Angola face aos lucros do petróleo expõe o país a fortes quedas nos preços", lê-se no documento.

"Este risco está refletido no aumento do preço a que o Orçamento está equilibrado, e que era de 66 dólares há três anos, e que agora está nos 97 dólares. Assim, períodos mais ou menos longos de preços baixos vão traduzir-se num crescimento económico mais reduzido, que vão potencialmente refletir-se na capacidade de pagamento dos bancos e no próprio crescimento do negócio", acrescenta o relatório.

O documento dá conta da "rápida expansão" dos bancos angolanos, que passaram de 39 mil milhões de dólares de ativos, em 2009, para mais de 71 mil milhões, no ano passado.

A Moody's prevê um crescimento real do PIB de 6,8% em 2014, traduzindo-se num crescimento do crédito e dos negócios dos bancos, que gozam de elevadas reservas de liquidez que reforçam a estabilidade financeira.

MBA // VM

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