Ucrânia: Obama ameaça com mais sanções à Rússia se milicias não desarmarem
Porto Canal / Agências
Washington, 17 abr (Lusa) -- O Presidente dos EUA renovou hoje a possibilidade de mais sanções contra a Federação Russa se não houver avanço no desarmamento das milícias pró-russas na Ucrânia, depois do acordo conseguido hoje com Moscovo em Genebra.
Barack Obama celebrou o acordo entre os chefes das diplomacias da Federação Russa, EUA, União Europeia e Ucrânia, que inclui o desarmamento dos grupos pró-russos que ocuparam edifícios públicos no leste ucraniano, aos quais se prometeu amnistia.
"A minha esperança é que vejamos avanços reais nos próximos dias, mas não os podemos dar por certos, dado o comportamento anterior [da Federação Russa], pelo que estamos preparados para responder se virmos interferências da Rússia", disse.
O novo Governo de Kiev conseguiu hoje um acordo em Genebra, que deverá permitir a dissolução das milícias pró-russas e a realização de eleições gerais em maio, em todo o país.
Obama deixou claro que "a opção militar não está sobre a mesa" e contrapôs que a via diplomática deve ser a que vai permitir acabar com a escalada de tensão, que levou Washington a aprovar duas rondas de sanções contra altos dirigentes próximos do Presidente russo, Vladimir Putin.
O Presidente dos EUA acentuou que as sanções "são a última coisa de que a Rússia precisa", devido ao estado atual da sua economia, algo que disse ter transmitido a Putin nas conversas telefónicas que têm mantido durante a crise.
Obama salientou ainda que o acordo de Genebra garantiu que os russo-falantes, maioritários nas regiões do leste e sul da Ucrânia, estão protegidos e representados devidamente.
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