Covid-19: PM britânico defende regresso dos deputados ao trabalho presencial

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Porto Canal com Lusa

Londres, 03 jun 2020 (Lusa) - O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, defendeu hoje a decisão de acabar com a possibilidade de participação e voto eletrónico no parlamento, alegando que "as pessoas querem que os deputados voltem ao trabalho". 

"Penso que as pessoas deste país em geral querem que os seus deputados voltem ao trabalho, a fazer o seu trabalho, a passar legislação em nome das pessoas deste país", disse, durante o debate semanal na Câmara dos Comuns. 

Johnson respondia ao líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, que questionou a decisão do Governo de acabar com o funcionamento do parlamento numa versão virtual como fez durante várias semanas em abril e maio, durante o confinamento. 

O regresso ao funcionamento normal foi aprovado na terça-feira, com 242 deputados a favor e 185 contra, mas o processo resultou numa fila de um quilómetro pelos corredores e exterior do edifício do parlamento para garantir o distanciamento social, demorando cerca de 45 minutos. 

Vários conservadores manifestaram-se contra a proposta do próprio partido e Keir Starmer considerou o processo "vergonhoso" e desnecessário, mas o primeiro-ministro defendeu que o regresso ao voto presencial, mesmo que implique filas e demore, faz sentido no contexto do desconfinamento. 

Nas últimas semanas, o Governo britânico levantou muitas das restrições em termos de encontro de pessoas e atividades ao ar livre, determinou a reabertura parcial das escolas primárias e secundárias e prevê a reabertura de lojas não essenciais em meados do mês. 

"As pessoas normais estão a habituar-se a fazer fila por longos períodos de tempo para fazer compras ou outras coisas", argumentou Johnson. 

O primeiro-ministro disse ainda, durante o debate, que assume "total responsabilidade" e que tem "orgulho" nos resultados do Governo no combate à pandemia covid-19. 

"Se olhar para o que atingimos, é considerável: protegemos o NHS [serviço nacional de saúde britânico], fizemos descer a taxa de mortalidade, assistimos a menos hospitalizações. Acredito que as pessoas percebem que, com o bom senso comum britânico, vamos continuar a derrotar este vírus", disse. 

O Reino Unido é o país com o segundo maior número de mortes a nível mundial, atrás do EUA, durante a pandemia, tendo registado até terça-feira 39.369 óbitos. 

Porém, de acordo com estatísticas e números oficiais, o balanço já chegou às 50.000 mortes, se forem incluídos casos suspeitos de pessoas que não foram testadas. 

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 380 mil mortos e infetou quase 6,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 2,7 milhões de doentes foram considerados curados.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (106.181) e mais casos de infeção confirmados (mais de 1,8 milhões).

Seguem-se o Reino Unido (39.369 mortos, quase 278 mil casos), Itália (33.530 mortos, mais de 233.500 casos), o Brasil (31.199 mortes e mais 555 mil casos) França (28.940 mortos, mais de 188 mil casos) e Espanha (27.127 mortos, quase 240 mil casos).

Em Portugal, morreram 1.436 pessoas das 32.895 confirmadas como infetadas, e há 19.869 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

BM 

Lusa/fim

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