Covid-19: Membros do Governo austríaco doam um salário para ajudar no combate

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Porto Canal com Lusa

Viena, 20 abr 2020 (Lusa) -- Os membros do Governo federal austríaco vão doar, "como sinal de união", um salário bruto para organizações de beneficência que estão a ajudar a combater a pandemia de covid-19, indica hoje um comunicado da chancelaria local.

O comunicado é assinado pelo chanceler federal, o conservador Sebastian Kurz, e pelo vice-chanceler, o ecologista Werner Kogler, tendo ambos sublinhado que darão mais pormenores sobre a decisão nos próximos dias.

"Cada ministro, cada ministra, cada secretário ou secretária de Estado vai doar um salário bruto a organizações que estão a dar uma ajuda importante para que todos possamos sair o melhor possível desta crise", precisaram ambos no comunicado.

Como chanceler federal, Kurz aufere um vencimento de 11.500 euros mensais brutos, enquanto Kogler recebe 10.400 euros.

Cada um dos 13 ministros recebe 9.500 euros, enquanto os secretários de Estado têm um vencimento de 8.500 euros.

A Áustria, que se encontra desde o final da semana passada na fase de abrandamento das medidas de restrição sociais, conta até hoje com 14.700 infeções confirmadas com o novo coronavírus, de que resultaram 470 óbitos.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 165 mil mortos e infetou quase 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 537 mil doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como, além da Áustria, a Dinamarca ou Espanha, a aliviar algumas das medidas.

 

JSD // FPA

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