Covid-19: Repórteres Sem Fronteiras denunciam violações da liberdade de imprensa

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Porto Canal com Lusa

Paris, 18 abr 2020 (Lusa) - A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) pediu hoje à ONU e à Organização Mundial de Saúde (OMS) que vigiem as violações da liberdade de imprensa que ocorrem no mundo durante a crise provocada pela pandemia de covid-19.

Numa carta enviada ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e ao diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a organização pede que façam um apelo aos Estados-membros que violem a liberdade de imprensa "para respeitarem esse direito fundamental".

A RSF considera que as violações da liberdade de imprensa perpetradas durante a pandemia "atentam contra o direito à informação e, consequentemente, contra o direito à saúde".

O secretário-geral da RSF, Christophe Deloire, recordou que Guterres considerou a pandemia como "o maior desafio desde a Segunda Guerra Mundial", o que obriga a vigiar a "multiplicação de violações da liberdade de imprensa cometidas por numerosos governos em resposta a esta crise inédita".

"Estes ataques, que impedem o acesso a uma informação fiável, livre e diversa sobre a pandemia, representam um fator de agravamento da doença e um risco vital para milhões de seres humanos", acrescentou.

A RSF pede aos responsáveis da ONU e da OMS que insistam em lembrar que o direito à informação faz parte do direito à saúde e que condenem essas violações, pedindo ainda medidas de proteção para que os jornalistas possam fazer o seu trabalho.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 154 mil mortos e infetou mais de 2,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 497 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 687 pessoas das 19.685 registadas como infetadas.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

EO // FPA

Lusa/fim

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