Covid-19: Alemanha regista mais de 4 mil vítimas mortais

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Porto Canal com Lusa

Berlim, 18 abr 2020 (Lusa) -- A Alemanha registou um aumento de 242 vítimas mortais em relação ao dia anterior, elevando o número para 4.110, revela o Instituto Robert Koch (RKI).

De acordo com a entidade responsável pela prevenção e controlo de doenças são agora 137.439 os casos diagnosticados no país, um crescimento de 3.609 nas últimas 24 horas. A subida de pacientes recuperados é praticamente idêntica, cerca de 3.600 para um total aproximado de 85.400.

Depois da chanceler Angela Merkel ter recomendado "fortemente", em conferência de imprensa na quarta-feira, o uso de máscaras de proteção nos transportes públicos e supermercados, são já dois os estados federados que consideram o seu uso obrigatório.

A Saxónia vai implementar a medida já a partir da próxima segunda-feira. Já a região de Meclemburgo-Pomerânia Ocidental decidiu tornar mandatório a utilização de máscaras no rosto a partir de dia 27 de abril.

O ministro da Saúde, Jens Spahn, anunciou na sexta-feira em conferência de imprensa que a Alemanha assinou contratos com 50 empresas para fabricar, a partir de agosto, um total de 10 milhões de máscaras do tipo FFP2 (de proteção ou de tecido) e 40 milhões de máscaras cirúrgicas por semana.

A Alemanha reduziu na sexta-feira, pela primeira vez, a taxa de contágio abaixo do 1, isto é, de acordo com as estatísticas cada paciente infetado contagia 0.7 pessoas, informou o RKI. Spahn frisou que a pandemia está "sob controlo" no país.

O governo de Berlim estendeu as principais medidas de contenção até, pelo menos, 3 de maio. Lojas até 800 m2 podem abrir já a partir da próxima segunda-feira.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 150 mil mortos e infetou mais de 2,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 483 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 657 pessoas das 19.022 registadas como infetadas.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria ou Espanha, a aliviar algumas das medidas.

 

 

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