Covid-19: Japão regista mais 556 casos, elevando total para 9.795
Porto Canal com Lusa
Tóquio, 18 abr 2020 (Lusa) - O Japão registou 556 novos casos da covid-19, o que eleva para 9.795 o número total de infetados no país, anunciou hoje o Ministério da Saúde, do Trabalho e da Segurança Social nipónico.
Com os 712 casos da doença contabilizados no cruzeiro Diamond Princess, que esteve sob quarentena no início do ano, no porto de Yokohama, a sul de Tóquio, o país conta agora 10.057 doentes e 190 mortos desde o início da epidemia.
Cerca de um terço dos contágios foi registado em Tóquio, onde o número diário de doentes está a sobrelotar hospitais, com as autoridades a recearem o colapso do sistema de saúde nipónico
Na quinta-feira, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, alargou o estado de emergência a todo o país. Decretado a 07 de abril, o estado de emergência estava limitado à capital e a seis prefeituras urbanas.
Em conferência de imprensa, na sexta-feira, Abe manifestou preocupação por a população não estar a observar o distanciamento social necessário e pedido pelas autoridades para tentar conter a propagação da covid-19.
Até agora, o encerramento das atividades não essenciais está em vigor em Tóquio e em várias outras prefeituras, enquanto algumas zonas do país preparam idêntica suspensão.
O Governo japonês não definiu qualquer penalização para quem não respeitar as medidas decretadas e anunciou um apoio financeiro de 100 mil ienes (855 euros) para todos os residentes, num incentivo para que a população fique em casa.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 153 mil mortos e infetou mais de 2,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 483 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
EJ // EJ
Lusa/Fim