Covid-19: 1º de Maio pode ser celebrado, mas com "distanciamento adequado"
Porto Canal com Lusa
Lisboa, 17 abr 2020 (Lusa) -- O ministro da Administração Interna disse hoje que o 1º de Maio vai pode ser celebrado mas com "o distanciamento adequado", faltando as autoridades de saúde dar as indicações necessárias.
"O 1º de Maio vai poder ser celebrado, mas com o distanciamento adequado", afirmou Eduardo Cabrita, em conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, em que foi aprovado, por via eletrónica, o decreto que regulamenta a prorrogação do estado de emergência.
O ministro adiantou que aguarda as recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre os requisitos de distanciamento social que devem ser acautelados nas celebrações do 1º de Maio, Dia do Trabalhador.
Eduardo Cabrita disse também que, na próxima semana, as forças de segurança e o Ministério da Administração Interna vão entrar em contacto com as centrais sindicais sobre a melhor forma de se realizarem as celebrações do 1º de Maio.
Também presente na conferência de imprensa, a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, disse que "não se trata de manifestações, mas sim de organizar celebrações oficiais", desde que sigam as regras de distanciamento social e que tem de ser conversadas com a DGS e com as forças de segurança.
"Relativamente ao 1.º de Maio, o que o Governo está a fazer nesta matéria é a dar execução ao decreto do senhor Presidente da República, que faz uma referência expressa às celebrações do Dia do Trabalhador", explicitou o ministro da Administração Interna.
A forma como o Governo interpretou este mandato, de acordo com o governante, é que "estas celebrações oficiais devem ser compatíveis com o respeito das determinações de distanciamento social estabelecidas pela Direção Geral de Saúde e serão articuladas com as forças de segurança".
"As forças de segurança têm uma experiência de relacionamento exemplar com as centrais sindicais na organização de eventos de natureza sindical. Estou certo de que, desta vez também, este diálogo com as centrais sindicais decorrerá dessa forma", enalteceu Eduardo Cabrita.
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