Confiança dos consumidores sobe em Março para máximos de mais de 4 anos
Porto Canal / Agências
Lisboa, 28 mar (Lusa) - Os indicadores de clima económico e de confiança dos consumidores mantiveram em março a trajetória ascendente iniciada em 2013, com este último a registar o valor mais elevado desde dezembro de 2009, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).
A confiança dos consumidores beneficiou do contributo de todas as componentes, exceto no que respeita à evolução da poupança.
O INE observa, no entanto, que, sem a utilização de médias móveis de três meses (cálculo da média dos últimos três meses), o indicador de confiança dos consumidores diminuiu em março.
Os saldos de respostas extremas (diferença entre respostas positivas e negativas) sobre a compra de bens duradouros no momento atual e nos próximos doze meses aumentaram em março, prolongando os movimentos positivos iniciados em janeiro de 2013 e atingindo, no primeiro caso, o valor mais elevado desde setembro de 2007.
Também o indicador de clima económico recuperou, observando-se aumentos dos indicadores de confiança em todos os setores (Indústria Transformadora, Construção e Obras Públicas, Comércio e Serviços).
O indicador de confiança da Indústria Transformadora atingiu o máximo desde agosto de 2008, em resultado do contributo positivo das opiniões sobre a procura global e das perspetivas de produção.
O saldo das apreciações sobre a procura global tem aumentado desde dezembro de 2012, contrariando a tendência negativa registada desde o final de 2010. O saldo das opiniões relativas à procura interna e à procura externa atingiram os valores mais elevados desde novembro de 2008 e dezembro de 2007, respetivamente.
O indicador de confiança da Construção e Obras Públicas aumentou ligeiramente em março, mantendo a melhoria iniciada em agosto de 2012, refletindo a recuperação de ambas as componentes, opiniões sobre a carteira de encomendas e perspetivas de emprego.
O indicador de confiança do Comércio recuperou igualmente em março, prolongando a acentuada trajetória crescente iniciada em fevereiro de 2012 e registando o valor mais elevado desde julho de 2004. A recuperação deste indicador resultou do contributo positivo das opiniões sobre o volume de vendas e das perspetivas de atividade.
Também o indicador de confiança dos Serviços manteve o movimento ascendente observado desde o final de 2012, devido à recuperação de todas as componentes, apreciações sobre a atividade da empresa e sobre a evolução da carteira de encomendas e perspetivas de evolução da procura.
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