Covid-19: Coreia do Sul impõe quarentena a todos os que chegam ao país

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Porto Canal com Lusa

Seul, 29 mar 2020 (Lusa) - O governo da Coreia do Sul anunciou hoje que todas as pessoas que chegarem ao país a partir da próxima quarta-feira terão de ficar em quarentena por duas semanas, para evitar a expansão da covid-19.

O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro sul-coreano, Chung Sye-kyun, numa altura em que as autoridades registaram um aumento no número de pessoas que chegam à Coreia do Sul de outros países e que já estão infetadas com o novo coronavírus, que provoca a covid-19.

Segundo os dados mais recentes, a Coreia do Sul registou até agora 9.583 casos de pessoas infetadas pelo vírus, 105 das quais nas últimas 24 horas.

Desses novos casos, 41 eram estrangeiros, incluindo 23 da Europa e 14 da América, informou hoje o Centro de Prevenção de Doenças Infecciosas (KCDC) da Coreia.

O primeiro-ministro da Coreia do Sul indicou, em declarações a agência local Yonhap, que a quarentena deverá ser observada por todos os visitantes, independentemente da sua nacionalidade e país de origem, e que, caso não possuam um endereço local, permanecerão em instalações oficiais, com as despesas cobertas por quem chega ao país.

Os turistas europeus já precisavam de cumprir uma quarentena de duas semanas após a chegada à Coreia do Sul, com ou sem sintomas, e os que chegavam dos Estados Unidos tinham de se isolar voluntariamente em casa pelo mesmo período.

"O governo reforçou as medidas de quarentena para aqueles que vêm da Europa e dos Estados Unidos, mas, dada a velocidade com que o vírus se está a espalhar globalmente, precisamos de medidas adicionais", acrescentou Chung.

A Coreia do Sul foi um dos primeiros países afetados pelo surto de coronavírus que surgiu inicialmente na cidade chinesa de Wuhan, mas apesar de já ter superado os piores momentos, continua a registar dezenas de novos casos diariamente e cada vez mais pessoas infetadas que chegam ao país.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 640 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 30.000.

Dos casos de infeção, mais de 130.000 são considerados curados.

SO // FPA

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