Lisboa, 25 mar (Lusa) - Os pagamentos em atraso há mais de 90 dias voltaram a subir em fevereiro, pelo terceiro mês consecutivo, para os 1.980 milhões de euros, mais 24 milhões do que em janeiro, segundo números da DGO.

De acordo com a síntese da execução orçamental de fevereiro, hoje publicada pela Direção-Geral do Orçamento (DGO), esta evolução "ficou a dever-se essencialmente aos hospitais EPE", cujos pagamentos em atraso aumentaram em 27 milhões de euros, para os 693 milhões de euros em fevereiro.

Nas administrações públicas, no entanto, os pagamentos em atraso reduziram-se em três milhões de euros, estando em dívida há mais de 90 dias um total de 1.176 milhões de euros, uma evolução que se deve sobretudo à administração central excluindo o setor da saúde e a administração local.

Fevereiro foi o terceiro mês consecutivo em que o montante dos pagamentos em atraso aumentou face ao mês anterior: depois de, em dezembro, o Estado ter 1.897 milhões em dívidas por pagar há mais de 90 dias, em janeiro, esse valor subiu para os 1.956 milhões e, em fevereiro, voltou a subir, para os 1.980 milhões de euros.

No âmbito do programa de resgate, a 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) exige que o valor dos pagamentos em atraso há mais de 90 dias não possa crescer face ao valor registado no final do ano anterior.

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