Covid-19: Bósnia decreta estado de catástrofe e mobiliza exército

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Porto Canal com Lusa

Sarajevo, 17 mar 2020 (Lusa) -- O Governo da Bósnia decretou hoje o estado de catástrofe natural, que permite a mobilização do exército para construir campos de quarentena no país dos Balcãs, onde as autoridades receiam uma "explosão" da epidemia do novo coronavírus.

"Estamos no início de uma batalha contra a ameaça que a epidemia [motivada pela propagação] do coronavírus representa para a saúde e para a economia", declarou em conferência de imprensa o primeiro-ministro bósnio, Zoran Tegeltija, ao comentar a decisão do Governo.

O mesmo responsável anunciou a mobilização da engenharia militar para instalar acampamentos na proximidade dos postos fronteiriços e aeroportos com objetivo de colocar em isolamento obrigatório todas as pessoas que entrem na Bósnia-Herzegovina, e durante duas semanas.

Estas instalações provisórias deverão ser erguidas "a partir de hoje e até ao final da semana", precisou.

Na segunda-feira, a presidência colegial bósnia ordenou às Forças Armadas que se coloque à disposição das autoridades de Saúde, em função das suas necessidades.

As autoridades já proibiram a entrada no país aos cidadãos estrangeiros provenientes de zonas de grande transmissão do coronavírus, em particular a Itália, Espanha, França e Bélgica.

Os últimos dados referem-se a 30 pessoas contaminadas pelo novo coronavírus na Bósnia, um país dividido em duas entidades rivais e com 3,5 milhões de habitantes.

Em declarações à agência noticiosa AFP, o diretor de um dos dois hospitais do cantão de Sarajevo, Zlatko Kravic, admitiu à agência noticiosa AFP uma "explosão" do número de casos de contaminação.

"Esta doença é explosiva. Adotámos (...) todas as medidas (...) para tentar impedir esta explosão", prosseguiu o médico. "Mas é muito difícil porque o contágio [da Covid-19] é grande".

Kravic referiu ainda que os dois hospitais da capital bósnia possuem cerca de 70 respiradores.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

PCR // FPA

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