Malásia sublinha necessidade de verificar pista australiana sobre avião desaparecido

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Porto Canal / Agências

Kuala Lumpur, 20 mar (Lusa) - A Malásia sublinhou hoje a necessidade de verificar a pista anunciada pelas autoridades australianas, que informaram ter detetado, por imagens de satélite, dois objetos possivelmente relacionados com o avião desaparecido da Malaysia Airlines.

"Cada pista representa uma esperança", disse o ministro dos Transportes da Malásia, Hishammuddin Hussein.

"Temos sido bastante coerentes. Nós queremos verificar, queremos corroborar", declarou.

O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, disse hoje no Parlamento que dois objetos "possivelmente ligados" ao voo MH370, desaparecido há 12 dias, foram detetados por satélites.

"Depois da análise destas imagens de satélite, dois objetos possivelmente relacionados com as buscas foram identificados", afirmou Tony Abbott.

Hishammuddin disse que Abbott tinha ligado ao seu homólogo malaio Najib Razak para discutir os mais recentes desenvolvimentos.

"Desta vez espero que seja um desenvolvimento positivo", disse Hishammuddin.

No âmbito das buscas já foram seguidas outras pistas que se revelaram falsas, incluindo de imagens de satélites chineses de alegados destroços.

Hishammuddin alertou que poderia levar algum tempo até que a descoberta australiana pudesse ser verificada.

"Aviões e navios vão para o local. Vocês sabem o quão grande é a área em questão", disse.

Mais de 25 países participam nas operações de busca do avião desaparecido em vastas áreas: desde o norte da Tailândia até à Ásia central no corredor norte, e da Indonésia ao sul do Oceano Índico no corredor sul.

A Austrália conduz as investigações, com a Indonésia, no corredor sul, que passa a algumas centenas de quilómetros da sua costa ocidental.

O voo MH370 da Malaysia Airlines partiu de Kuala Lumpur na madrugada de 08 de março (00:41 locais ou 16:41 de 07 de março em Lisboa) e tinha previsto chegar a Pequim seis horas depois, mas desapareceu dos radares 40 minutos após a descolagem.

Do total de 239 pessoas que seguiam a bordo do avião, cerca de dois terços (153) são chineses.

FV // DM.

Lusa/fim

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