Momento actual é o princípio da resolução das consequências da crise - Paulo Azevedo
Porto Canal / Agências
Porto, 19 mar (Lusa) -- O presidente executivo da Sonae, Paulo Azevedo, afirmou hoje que o momento que o país vive atualmente pode ser o início da resolução dos problemas económicos e sociais que se foram acumulando ao longo dos últimos anos.
Durante a apresentação de resultados de 2013 da Sonae, Paulo Azevedo, que disse não ter "competência" para opinar sobre a existência ou ausência de um programa cautelar, mostrou-se otimista quanto ao futuro, quer do grupo quer do país, e declarou que "este ponto pode começar a ser o ponto em que se começam a resolver os problemas que [se foram] acumulando ao longo dos últimos três ou quatro anos".
"Parece, não sei bem por que razão, que é muito difícil falar do fim da crise em Portugal. Obviamente que quando se fala do processo de inversão de uma crise não se fala de os problemas terem desaparecido. Todo o processo de crescimento económico esteve a acumular problemas sociais e económicos em Portugal e não é no momento de viragem que os problemas desaparecem, é no momento em que já percorremos um percurso igual ascendente ao percurso descendente que teremos que resolver todos os problemas", afirmou o responsável da empresa.
Assim, Paulo Azevedo reconheceu que ainda "há muitos problemas para resolver", sendo a atualidade "não o fim das consequências da crise, [mas] o princípio da resolução das consequências da crise".
"O que nos faz acreditar na sustentação disto - há várias coisas -, mas as mais diretas são o crescimento do emprego, que ainda não é grande, mas já é significativo, e em segundo lugar o brutal crescimento dos índices de confiança", afirmou o presidente executivo da Sonae, que sublinhou diversas vezes o "facto absolutamente incontornável" de a situação financeira das famílias ter, em média, melhorado.
A Sonae atingiu em 2013 um resultado líquido atribuível aos acionistas de 319 milhões de euros, assente nos ganhos resultantes da fusão entre Zon e Optimus, tendo o resultado direto crescido 21,7%, anunciou hoje a empresa.
Em comunicado, a empresa revelou que as vendas aumentaram 3% em 2013, em comparação com o ano anterior, alcançando os 4.821 milhões de euros, enquanto o EBITDA (resultados antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações) cresceu 1,2%, para 475 milhões de euros.
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