Avião da Malaysia Airlines passou na 'revisão' dez dias antes de desaparecer

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Porto Canal / Agências

Kuala Lumpur, 11 mar (Lusa) - A transportadora Malaysia Airlines informou hoje que o Boeing 777-200 que operava o voo MH370 passou numa revisão de manutenção dez dias antes de desaparecer enquanto sobrevoava o Golfo da Tailândia.

"A manutenção foi levada a cabo no hangar do aeroporto internacional de Kuala Lumpur e não foram detetados problemas no aparelho", indicou a companhia, em comunicado.

A próxima revisão estava programada para 19 de junho, disse a Malaysia Airlines que adquiriu o avião, em 2002, que desde então cumpriu 53.465 horas de voo.

As buscas prosseguem e foram ampliadas, estendendo-se a zonas afastadas da rota do voo, que estabelecia a ligação entre Kuala Lumpur e Pequim, avançando por mar, terra e ar.

"As autoridades estão a debruçar-se sobre a possibilidade de o MH370 ter tentado regressar a Subang. Estamos a ver todos os ângulos. Não descartamos nenhuma possibilidade", frisou a transportadora.

Uma frota internacional de 40 barcos e 24 aviões participa nas operações que cobrem uma superfície equivalente a 1,71 milhões de quilómetros quadrados, contudo, até ao momento, não há sinais do aparelho.

As autoridades da Malásia informaram, esta segunda-feira, que testes laboratoriais determinaram que as amostras de combustível, recolhido do mar, não pertencem ao Boeing 777 da Malaysia Airlines desaparecido no sábado, mas antes a um cargueiro.

O voo MH370 descolou de Kuala Lumpur às 00:41 locais (16:41 de sexta-feira em Lisboa) rumo a Pequim.

As autoridades da Aviação Civil malaias indicaram que a sua última posição no radar antes de perder o sinal foi à 01:30 local de sábado (17:30 de sexta-feira em Lisboa).

No avião viajavam 239 pessoas, entre as quais dois menores e uma tripulação de 12 malaios.

Segundo o manifesto de voo, seguiam a bordo 153 chineses, 38 malaios, sete indonésios, seis australianos, cinco indianos, quatro franceses, três norte-americanos, dois neozelandeses, dois ucranianos, dois canadianos, um russo, um italiano, um holandês, um austríaco e um taiwanês.

Especialistas analisam gravações e vídeos de um circuito interno de televisão de dois passageiros que embarcaram no avião com passaportes roubados.

Em causa, os passaportes do italiano Luigi Marald e do austríaco Christian Kozel, os quais foram furtados em 2013 e 2012, respetivamente, na Tailândia, de acordo com informações confirmadas pela Interpol.

DM (FPA) // FV.

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