Malásia desmente ter encontrado destroços do avião desaparecido

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Porto Canal / Agências

Banguecoque, 10 mar (Lusa) - As autoridades da Malásia desmentiram hoje que tenham sido encontrados restos do avião da Malaysia Airlines, desaparecido no passado sábado, tal como informaram fontes do Vietname, enquanto procedem com a investigação "sem descartar nenhuma possibilidade".

O diretor geral do departamento de Aviação Civil, Azharuddin Abdul Rahman, disse que 24 aviões e 40 barcos do Vietname, China, Singapura, Estados Unidos, Indonésia, Tailândia, Austrália e Filipinas participam nas operações de busca no Golfo da Tailândia.

"Lamentavelmente, não encontrámos nada que pareça ser do avião nem mesmo o avião", disse Azharuddin, em conferência de imprensa transmitida pelo canal malaio TV1.

Azharuddin desmentiu, em concreto, as informações procedentes do Vietname que, na noite de domingo, indicaram que um avião de reconhecimento vietnamita tinha avistado, a sul de Tho Chu, o que pareciam ser, da perspetiva aérea, destroços de uma aeronave.

"Estas informações não foram atestadas hoje oficialmente pelas autoridades do Vietname", disse o dirigente da Aviação Civil da Malásia.

Azharuddin confirmou que várias amostras do combustível recolhidas no mar foram enviadas para laboratório para esclarecer se procedem do B-777 desaparecido no passado sábado.

Entretanto, agências de serviços de informação de vários países participam numa investigação que visa clarificar se houve uma eventual mudança de rota.

Azharuddin frisou que nenhuma hipótese é descartada incluindo a de um eventual sequestro ou ataque terrorista.

"Precisamos de provas, de restos do avião para determinar o que é que aconteceu", afirmou, qualificando o caso como um "mistério sem precedentes na aviação".

Segundo Azharuddin, os especialistas estão a analisar as gravações e vídeos de um circuito interno de televisão de dois passageiros que embarcaram no avião com passaportes roubados.

Em causa, os passaportes do italiano Luigi Marald e do austríaco Christian Kozel, os quais foram furtados em 2013 e 2012, respetivamente, na Tailândia, de acordo com dados confirmados pela Interpol.

Azharuddin não confirmou, porém, se os passageiros que utilizaram os passaportes falsos tinham traços asiáticos, como indicou, horas antes, o ministro do Interior da Malásia.

O mesmo responsável indicou também que se encontram a ser investigados os casos de outros cinco que não embarcaram.

A bordo do avião, que partiu de Kuala Lumpur às 00:41 locais (16:41 de sexta-feira em Lisboa) rumo a Pequim, seguiam 239 pessoas, incluindo menores e 12 membros da tripulação, de 14 nacionalidades.

DM // FV.

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