Ucrânia: Pró-russos retomam edifício do Governo central em Donetsk

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Porto Canal / Agências

Sebastopol, Ucrânia, 06 mar (Lusa) - Manifestantes pró-russos retomaram o controlo do edifício da delegação do Governo central e da Assembleia Regional na cidade oriental ucraniana de Donetsk, cidade natal do deposto Presidente, Viktor Ianukóvich.

Horas depois de terem sido desalojados do complexo sob o pretexto de uma ameaça de bomba, algumas pessoas entre as centenas de manifestantes assaltaram durante a noite o edifício governamental com palavras de ordem como "Rússia" e "Berkut", o destacamento antimotim desarticulado por Kiev.

Os manifestantes pró-russos contestam a nomeação, domingo, de um novo governador da região, Serguéi Tarut.

Apesar de ser uma cidade onde se fala russo, Donetsk tem sido palco de manifestações contra a presença da Rússia na Crimeia e contra as novas autoridades de Kiev.

A tensão entre a Ucrânia e a Rússia agravou-se na última semana, após o afastamento do ex-presidente Viktor Ianukovich e a presença de militares russos na Crimeia, península do sul do país onde está localizada a frota da Rússia do Mar Negro.

Na terça-feira, em conferência de imprensa, Vladimir Putin alegou que interveio na Crimeia a pedido de Ianukovich e anunciou que mantém o "direito de atuar" na Ucrânia, em último recurso, para defender cidadãos russos.

Já o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, anunciou um pacote de ajuda financeira à Ucrânia de 11 mil milhões de euros. Para quinta-feira está agendado um Conselho Europeu extraordinário para debater a situação.

A crise na Ucrânia começou em novembro com protestos contra a decisão de Ianukovich de recusar a assinatura de um acordo de associação com a UE e promover uma aproximação à Rússia.

Em fevereiro, após meses de manifestações e confrontos no centro de Kiev, Ianukovich foi afastado, tendo tomado posse um novo governo, pró-ocidental.

Em declarações posteriores, Ianukovich continua a apresentar-se como o Presidente legítimo da Ucrânia, posição que conta com o apoio da Rússia.

JCS // FV

Lusa/fim

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