Ucrânia: Presidente chinês diz que Rússia deve pressionar solução pacífica

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Porto Canal / Agências

Pequim, 05 mar (Lusa) -- O Presidente chinês, Xi Jinping, manifestou ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, a opinião que Moscovo pode pressionar uma solução política da crise ucraniana mediante a coordenação com todas as partes envolvidas.

Num comunicado disponível na página da internet do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, lê-se que Xi Jinping falou ao telefone com Vladimir Putin para trocarem pontos de vista sobre a crise ucraniana.

A nota oficial refere que Xi Jinping disse a Vladimir Putin que a situação na Ucrânia é "de grande complexidade e de grande sensibilidade" com influência a nível global.

No desenvolvimento dos acontecimentos na Ucrânia, "dentro do que parece uma casualidade, há uma parte intencional", disse o Presidente chinês, utilizando uma 'frase feita' em mandarim, a língua oficial chinesa.

"Creio que a Rússia pode coordenar-se com todas as partes para promover uma solução política do problema e, desta maneira, salvaguardar a paz e a estabilidade regional e do mundo", disse.

As autoridades chinesas vincaram que o Presidente do país "apoia os esforços de mediação da comunidade internacional para travar a tensão" na Ucrânia e na região.

Apesar de ser, nos últimos tempos, uma aliada da Rússia, nomeadamente na questão Síria, a China mostra-se, agora, mais cautelosa até por defender que a questão da Ucrânia é um problema interno que deve respeitar as decisões do povo.

Uma sondagem publicada hoje pelo diário Global Times, do grupo Diário do Povo, o órgão oficial do Partido Comunista da China, revela que metade dos cidadãos chineses que participaram na sondagem apoiam o envio de tropas para a Crimeia, e destes, 80% defende que a Rússia "tem o direito de responder contra os objetivos do Ocidente de prejudicar os seus interesses".

Já 35% dos inquiridos é contra a presença de tropas russas na Crimeia e 20% não tem uma opinião definida.

A sondagem foi elaborada pelo centro de sondagens do Global Times e recolheu 1.073 resposta de cidadãos com mais de 18 anos nas cidades de Pequim, Xangai, Chengdu e Shenyang.

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