Motoristas: Aeroporto de Faro sem "restrições à operação"
Porto Canal com Lusa
Redação, 13 ago 2019 (Lusa) -- O aeroporto de Faro tem registado um abastecimento de combustível de "forma regular", sem necessidade de "impor restrições à operação", apesar da greve dos motoristas de matérias perigosas, disse a ANA -- Aeroportos de Portugal.
Em resposta escrita à Lusa, a gestora adiantou que no "aeroporto de Faro, até ao momento, o abastecimento tem-se processado de forma regular, não tendo sido, ainda, necessário impor restrições a operação".
Já o abastecimento ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, está a acontecer hoje com "maior regularidade", mas ainda não permite levantar as medidas de restrição em vigor desde segunda-feira, revelou hoje a ANA.
Fonte oficial da gestora aeroportuária indicou à Lusa que "o abastecimento ao Aeroporto Humberto Delgado decorre, hoje, com maior regularidade do que ontem [segunda-feira]", mas "o fluxo de combustível ainda não é suficiente para retirar as medidas de restrição ao abastecimento das aeronaves".
A ANA adiantou também que está "em conjunto com o Governo, empresas petrolíferas, companhias aéreas e 'handlers' [empresas de assistência aos passageiros e aos aviões] a acompanhar e a avaliar a situação, com vista à minimização do impacte na operação".
Durante o primeiro dia da greve, que ocorreu esta segunda-feira, a ANA deu conta de que o ritmo de abastecimento no Aeroporto Humberto Delgado era "insuficiente, em níveis bastante abaixo do estipulado para serviços mínimos", provocando "restrições à operação".
O ritmo de abastecimento "insuficiente" verificado nessa altura levou à implementação de restrições à operação, "nomeadamente na redução de abastecimento de aeronaves", segundo a mesma fonte.
Com estas iniciativas, as companhias aéreas poderão abastecer noutros aeroportos ou antes de voar para Lisboa.
A greve que começou na segunda-feira, por tempo indeterminado, foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), com o objetivo de reivindicar junto da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) o cumprimento do acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.
Ao fim do primeiro dia de paralisação, o Governo decretou a requisição civil, alegando o incumprimento dos serviços mínimos.
ALYN (MPE) // CSJ
Lusa/Fim