México garante "medidas sem precedentes" para combater fluxo de migrantes

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Porto Canal com Lusa

Washington, 08 jun 2019 (Lusa) - O México vai tomar "medidas sem precedentes" para conter o fluxo de migrantes centro-americanos que chegam aos Estados Unidos, de acordo com a declaração conjunta assinada esta sexta-feira pelos dois países vizinhos.

O México "tomará medidas decisivas para desmantelar as organizações de contrabando e tráfico, bem como as suas redes ilícitas de transporte e financiamento", segundo o texto lido pelo ministro dos Negócios Estrangeiros mexicano, Marcelo Ebrard, que esteve em Washington em longas discussões entre os dois países.

De acordo com a declaração conjunta, o México comprometeu-se ainda a reforçar a fronteira sul com mais membros da Guarda Nacional mexicana.

Todos os migrantes que solicitam asilo nos Estados Unidos serão devolvidos ao México até que os seus pedidos sejam processados pelos tribunais dos EUA.

Os Estados Unidos acreditam que o México não está fazer o suficiente para controlar a sua fronteira com a Guatemala, ao sul do seu território, e que permitiu o desenvolvimento de redes que levam migrantes para os Estados Unidos, principalmente provenientes da Guatemala, Honduras e El Salvador

Minutos antes de ser lida a declaração conjunta, o Presidente dos Estados Unidos anunciou um acordo com o México e suspendeu as taxas alfandegárias que entrariam em vigor na segunda-feira.

"Tenho o prazer de informar que os Estados Unidos da América chegaram a um acordo com o México", anunciou Donald Trump, na rede social Twitter, sublinhando que "as tarifas programadas para entrar em vigor na segunda-feira contra o México estão suspensas indefinidamente, e que o México, em troca, concordou tomar medidas rigorosas para conter a maré migratória através do México em direção à fronteira sul".

O objetivo das negociações era "reduzir ou eliminar a imigração ilegal proveniente do México para os Estados Unidos", acrescentou.

Representantes do México e dos EUA mantiveram, na sexta-feira, um terceiro dia consecutivo de negociações, com o Departamento de Estado a procurar um acordo para satisfazer as exigências de Trump de o México aumentar acentuadamente os seus esforços de reduzir estes fluxos migratórios.

Se as duas partes não tivessem chegado a um acordo, as tarifas entrariam em vigor na segunda-feira, afetando todas as importações mexicanas, com taxas que começariam em 05%, subindo a cada mês até atingir 25% em outubro.

Atualmente, os Estados Unidos são o principal parceiro comercial do México, um país que exportou produtos no valor de 328 mil milhões de dólares (cerca de 300 mil milhões de euros) entre janeiro e novembro de 2018 para os EUA, representando quase 80% do total das vendas externas, sobretudo no setor automóvel e da alimentação.

MIM (RJP) // MIM

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