Exército sudanês garante "compromisso" para "transferir poder para o povo"

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Porto Canal com Lusa

Cartum, 21 abr 2019 (Lusa) - O general Abdel Fattah al-Burhane garantiu hoje o compromisso do conselho militar que lidera no Sudão para transferir o poder para o povo, como exigem milhares de manifestantes desde a destituição do presidente Omar al-Bashir.

"O Conselho está empenhado em transferir o poder para o povo", assegurou Abdel Fattah al-Burhane, líder do conselho militar de transição, citado pela agência France Press.

O responsável frisou que o exército responderia "durante a semana" às exigências dos manifestantes, que reclamam a transferência do poder para uma autoridade civil.

O general Abdel Fattah al-Burhane também afirmou hoje que uma delegação sudanesa irá a Washington para discutir a retirada do Sudão da lista norte-americana dos "países que apoiam o terrorismo".

A visita ocorrerá "nesta semana ou na semana seguinte", acrescentou o general na sua primeira entrevista à televisão estatal desde que o conselho militar tomou o poder após a destituição do presidente Omar al-Bashir, em 11 de abril.

A Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos também anunciaram hoje um apoio financeiro conjunto de 3 mil milhões de dólares (2,7 mil milhões de euros) ao Sudão, que começou uma transição difícil depois da destituição de Omar al-Bashir.

Um líder da Aliança pela Liberdade e Mudança (ALC) disse sábado à noite que as conversações entre dirigentes militares e os líderes da contestação no Sudão sobre a transferência de poder para uma autoridade civil vão continuar.

No dia 11, o ministro da Defesa do Sudão, Awad Ahmed Benawf, surgiu em uniforme militar na televisão pública sudanesa e anunciou a destituição de al-Bashir e a realização de "eleições livres e justas" após um período de transição de dois anos, durante o qual o país será governado por um conselho de transição militar.

Os militares decretaram estado de emergência para os próximos três meses, suspenderam a Constituição e fecharam as fronteiras e o espaço aéreo do país.

Omar al-Bashir foi destituído e detido pelas Forças Armadas, depois de mais de quatro meses de contestação popular.

Os protestos, inicialmente motivados pelo aumento dos preços do pão e de outros bens essenciais, acabaram por transformar-se num movimento contra Al-Bashir, que liderava o país desde 1989, quando chegou ao poder através de um golpe de Estado.

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