Sudão: Presidente da União Africana diz que "golpe militar não é a resposta apropriada"

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Porto Canal com Lusa

Adis Abeba, 11 abr 2019 (Lusa) - O presidente da Comissão da União Africana afirmou hoje que está a "seguir de perto" os acontecimentos no Sudão, onde um golpe militar destituiu o chefe de Estado, Omar al-Bashir, mas defende que esta "não é a resposta apropriada".

Numa nota publicada por Moussa Faki Mahamat no portal 'online' da Comissão da União Africana, o responsável lembra a Declaração de Lomé, de 2000, que "condena fortemente qualquer mudança de Governo de forma inconstitucional e que coloca os Estados-membros a respeitar o Estado de Direito, os princípios democráticos e os direitos humanos".

No documento, o presidente da Comissão da União Africana apela a todos as partes que "entrem num diálogo inclusivo para criar condições que tornem possível alcançar as aspirações do povo sudanês para a democracia, uma boa governação e bem-estar e a restauração da ordem constitucional o mais cedo possível".

Moussa Faki Mahamat expressou também a "solidariedade da União Africana para com o povo do Sudão", pedindo também que este mostrasse compromisso e disponibilidade para apoiar o país.

O Presidente do Sudão, Omar al-Bashir, foi hoje destituído e detido pelas Forças Armadas, depois de mais de quatro meses de contestação popular.

Os protestos, inicialmente motivados pelo aumento dos preços do pão e de outros bens essenciais, acabaram por transformar-se num movimento contra al-Bashir, que liderava o país desde 1989, quando chegou ao poder através de um golpe de Estado.

Durante a manhã de hoje, o ministro da Defesa, Awad Ahmed Benawf surgiu em uniforme militar na televisão pública sudanesa e anunciou a destituição de al-Bashir e a realização de "eleições livres e justas" após um período de transição de dois anos, durante o qual o país será governado por um conselho de transição militar.

Os militares decretaram estado de emergência para os próximos três meses, suspenderam a Constituição e fecharam as fronteiras e o espaço aéreo do país.

O Governo e a Presidência foram dissolvidos e foi imposto um recolher obrigatório.

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